Início » Museu do Seringal Vila Paraíso completa 21 anos como roteiro turístico cultural imperdível no Amazonas
cultura

Museu do Seringal Vila Paraíso completa 21 anos como roteiro turístico cultural imperdível no Amazonas

FOTOS: Ari Santos e Michael Dantas/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

O espaço recebe diariamente visitantes de diversas nacionalidades, além de promover a interação com as comunidades do entorno

Em um mergulho histórico, o período áureo da borracha é vivenciado por aqueles que têm a oportunidade de conhecer o Museu do Seringal Vila Paraíso, no afluente Tarumã-Mirim, em Manaus. Neste ano, o local administrado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, completa 21 anos.

Para o gerente do Museu, Emilson Araújo, o espaço é um patrimônio não só do Amazonas, mas do Brasil. “Ele retrata um modelo econômico da região amazônica, que reverberou no mundo. É um espaço ímpar, onde o visitante pode conhecer todo o processo de extração do látex das seringueiras até a fabricação da borracha”, destaca.

Ainda segundo Emilson, no primeiro semestre do ano, o espaço já recebeu mais de seis mil visitantes, entre turistas locais e de outras nacionalidades, além de visitas escolares. Quem também aproveita o local são os moradores das comunidades do entorno, tais como a Comunidade Nossa Senhora do Livramento e a Comunidade Nossa Senhora de Fátima.

O artesão indígena, Edson Ferreira, morador da comunidade do Livramento, ressalta o suporte do espaço prestado aos comunitários. “O Museu nos deu a oportunidade de vender nossos artesanatos e, nos fins de semana, estamos lá fazendo parte da programação. É uma fonte de renda para nós”, comenta Edson.

O espaço passou a ser administrado pela Secretaria de Cultura no dia 16 de agosto de 2002, e se tornou um roteiro turístico obrigatório no Amazonas. No museu, o visitante pode mergulhar na história do período áureo da borracha na Amazônia, conhecer sobre a natureza local e as espécies nativas. A visitação é gratuita e tem duração de uma hora.

Instalações

Os costumes vividos no final do século 18 e início do século 19 estão presentes na Casa do Seringalista, uma das instalações do espaço. O museu, localizado no igarapé São João, reproduz o cenário do seringal Vila Paraíso, montado para o filme “A Selva”, gravado em 2001, com a participação de Maitê Proença, Gracindo Júnior, Cláudio Marzo, Roberto Bonfim e o ator português Diogo Morgado como protagonista.

Ainda é possível encontrar reproduções de algumas instalações da época: barracão de aviamentos, capela de Nossa Senhora da Conceição, casa de banho, trilha das seringueiras, tapiri de defumação, casa do seringueiro e do capataz, além do cemitério e a casa de farinha. No local, estão móveis e utensílios que testemunham a riqueza dos seringais no auge da valorização econômica da borracha.

Como chegar

O acesso ao Museu é feito por meio fluvial. O visitante inicia a viagem na Marina do Davi, na estrada da Ponta Negra. Algumas linhas de ônibus do transporte público passam pelo local, como 120, 450, 542, 641.

Ao chegar na marina, é necessário embarcar em uma das lanchas da Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi (Acamdaf), que faz o transporte dos visitantes até o local. Cada trecho custa R$ 21 por pessoa. Horários de saída têm intervalos médios de uma hora, mas atenção: ao lotar, a embarcação deixará a marina em direção ao Museu.

Com informações da assessoria.