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Política

“Não é convicção é oportunismo”, diz Saullo Vianna sobre declaração do governador de Minas Gerais

O deputado federal Saullo Vianna (União) criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por uma fala em que ele defende “protagonismo” do Sul e do Sudeste. Para o parlamentar, as declarações pareceram mais oportunistas do que movidas por convicção genuína e ainda expressou preocupações sobre as possíveis consequências de uma retórica divisiva como essa.

O deputado federal Saullo Vianna (União) criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por uma fala em que ele defende “protagonismo” do Sul e do Sudeste. Para o parlamentar, as declarações pareceram mais oportunistas do que movidas por convicção genuína e ainda expressou preocupações sobre as possíveis consequências de uma retórica divisiva como essa.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada no sábado (5/8), Zema afirmou que os 7 Estados do Sul e do Sudeste se juntaram formalmente no Cossud (Consórcio Sul-Sudeste). Para ele, os Estados do Sul-Sudeste passam a ter mais peso agindo em grupo e isso foi comprovado com a análise da reforma tributária na Câmara.

Vianna sugeriu que a postura do governador pode estar ligada a aspirações de se tornar o herdeiro do movimento bolsonarista, especialmente diante da possível inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro para as eleições de 2026. “Eu vejo a fala do governador Romeu Zema muito mais como oportunista do que por convicção do que estava falando”, afirmou o deputado federal.

O parlamentar observou que o objetivo aparente de Zema em conquistar o voto bolsonarista e ampliar sua influência nas regiões sul e sudeste do Brasil parecia obscurecer a unidade de que o país tanto precisa. Ele também criticou a defesa de Zema por uma divisão regional, em particular a alegação de que o Norte e o Nordeste são beneficiados em detrimento do Sul e Sudeste.

Saullo questionou essa visão, destacando a história recente do Brasil, como a crise financeira enfrentada por Minas Gerais em 2017-2018. “Durante esse período, o estado enfrentou dificuldades para cumprir suas obrigações financeiras, incluindo o pagamento dos servidores públicos. Foi o esforço coletivo de toda a nação, incluindo o Amazonas, facilitado pelo governo federal, que acabou ajudando a superar a crise”, explicou ele.