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Temporada de chuvas acende alerta para doenças contagiosas

Especialista da indústria química fala sobre a importância do cloro como necessidade básica para a saúde pública. O produto atua não só na manutenção da limpeza, mas contribui para evitar a proliferação de vetores.

O clima brasileiro vem sendo impactado pelo fenômeno El Niño desde julho deste ano, levando seca extrema para estados do norte e nordeste do país e chuvas torrenciais para sul e sudeste. A previsão para o início de 2024, realizada pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), indica que a expansão do El Niño pelo Pacífico Tropical deve causar um verão de altas temperaturas no Hemisfério Sul, chegando a atingir uma média de 4º C acima do normal.

Além de todos os estragos na cidade, como queda de árvores, interrupção de energia elétrica e no abastecimento de água, o excesso de chuva – quando combinado com as temperaturas de verão – também contribuiu para a reprodução do mosquito Aedes Aegypti, que transmite doenças como dengue, chikungunya e zika. Para conter o aumento de casos na cidade, o poder público e a população devem trabalhar juntos na prevenção. De acordo com o site da prefeitura de São Paulo, o único jeito de prevenir a dengue é o combate ao mosquito aliado à manutenção dos domicílios, que devem estar sempre limpos e sem acúmulo de água em locais abertos.   

No Rio de Janeiro, os números na capital fluminense também chamam a atenção, já tendo sido registrados 18.120 casos de dengue, com uma taxa de 267 casos por 100 mil habitantes. É o mais elevado registro anual desde 2016. Por isso, o Ministério da Saúde insiste em conscientizar a população brasileira sobre os perigos do inseto e a importância de combate aos criadouros do mosquito. 

Uma das principais recomendações é para que os cidadãos vistoriem e façam limpeza frequente em suas casas, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, calhas, garrafas, caixas d’água ou outros recipientes que facilitem o acúmulo de água de chuva e contribuam com a reprodução do mosquito. Manter lixeiras bem tampadas, ralos limpos, e usar lonas esticadas para cobrir materiais de construção são outros cuidados para evitar o acúmulo de água. 

Um estudo conduzido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP) revelou que o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) é 100% eficaz na eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypti. Basta diluir 10 ml de água sanitária em um litro de água corrente e passar no chão e em superfícies que atraem moscas e mosquitos para acabar com todas as larvas depositadas em 24 horas, evitando sua propagação.

De acordo com João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas, fornecedora exclusiva do cloro empregado no tratamento de água do Estado do Rio de Janeiro, “o uso da água sanitária é um importante trunfo na prevenção de doenças que se intensificam com as chuvas de verão e deveria ser mais divulgado, principalmente em comunidades com alta densidade populacional – em que um único mosquito pode fazer várias vítimas”. Freitas diz que, além de ajudar a prevenir a população contra as doenças provocadas pelo Aedes aegypti, o uso de água sanitária também previne a leptospirose – doença transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais, especialmente de ratos. 

“A solução na proporção de uma tampinha de água sanitária para um litro de água deveria fazer parte da rotina diária na limpeza de todas as casas, especialmente em ambientes como cozinhas e banheiros”, diz o executivo da Katrium. “Para reforçar a limpeza nos lares, essa solução também pode ser empregada na rega de plantas (já que nessa proporção é inofensiva ao meio ambiente), bancadas, mesas de bar etc. Esse hábito deveria se estender permanentemente, já que é tão importante manter a higiene dos lares, escolas, clubes, instituições de saúde e todo negócio voltado para o atendimento público”.