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Política

Bolsonaro é cogitado para assumir papel central na resolução da crise interna do PL

Foto: Brenno Carvalho

Em meio a tensões, dirigentes do PL consideram envolver Jair Bolsonaro no intuito de buscar estabilidade e conciliação dentro da legenda. O ex-presidente poderá desempenhar um papel importante na mediação entre os deputados mais radicais do partido, que têm se confrontado com colegas favoráveis à reforma tributária proposta pelo governo Lula.

Nesta terça-feira, uma reunião será feita com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, o líder do PL na Câmara, o deputado Altineu Côrtes, o general Braga Netto e Bolsonaro para discutir uma estratégia de pacificação. O problema é que colocar panos quentes nunca foi a especialidade do ex-presidente.

Valdemar e Côrtes defendem que os parlamentares sejam punidos só se o PL fechar questão sobre algum assunto e o deputado votar contra o que foi decidido. No caso da reforma tributária, que motivou a briga interna, a cúpula apenas orientou parlamentares a reprovarem a medida. Por isso, a leitura é que havia brecha para alinhamento de parte da bancada com o governo no caso da reforma tributária.

O estopim da crise foi o fato de 20 deputados do PL terem votado a favor da reforma. Reportagem do GLOBO desta segunda-feira mostrou que a divisão sobre a medida culminou em uma discussão acalorada no grupo de WhatsApp da sigla, com xingamentos, acusações e até ameaça de saída do PL.

Como informou a coluna, na cúpula do partido há o receio de que o PL reviva o racha que a antiga legenda de Bolsonaro, o extinto PSL, passou quando o então presidente e seus seguidores decidiram fundar um novo partido. Os planos foram frustrados porque a legenda nunca saiu do papel e os bolsonaristas só deixaram PSL na janela partidária de 2022, para não perderem seus mandatos.

De O Globo.