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Política

Lula assume liderança do Mercosul e critica política de isolamento em relação à Venezuela

Lula defende o diálogo entre os países do Mercosul sobre a situação da Venezuela e critica seu afastamento do bloco por sofrer de violação de direitos humanos. O ex-presidente argumenta que a responsabilidade pela situação não recai exclusivamente sobre Nicolás Maduro, mas deve ser compartilhada por ambos como partes envolvidas.

— No que a gente puder contribuir, quem tiver relação, dar palpite e puder conversar, temos que conversar. O que não pode é a gente isolar e levar em conta que apenas os defeitos estão de um lado, os defeitos são múltiplos. Então precisamos conversar com todo mundo — afirmou.

O presidente voltou a falar sobre o tema depois de receber, do presidente argentino Alberto Fernández, a presidência rotativa do Mercosul, durante a 62ª cúpula de chefes de Estado do bloco. O encontro começou ontem e acontece em Puerto Iguazú, cidade argentina localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

Com a passagem da presidência ao Brasil, Lula comandará o grupo pelos próximos seis meses. O petista havia ignorado, entretanto, a questão venezuelana no seu discurso inicial. Ele somente abordou o tema depois de ouvir críticas dos presidentes do Uruguai, Lacalle Pou, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que rechaçaram a gestão Maduro e os últimos acontecimentos no país.

— Eu acho que, entre nós, temos que tentar não deixar ninguém para fora. Na minha campanha [presidencial], lançamos a campanha “ninguém larga a mão de ninguém”. Temos que trazer as pessoas de fora do Mercosul — ponderou.

De O Globo.