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Mercúrio nos peixes do Amazonas está acima do permitido

Foto: Greenpeace

A Fiocruz Brasil publicou nesta terça-feira (30) um novo estudo sobre a contaminação de mercúrio nos peixes da Amazônia, analisando o pescado consumido em 17 municípios de seis estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima), apontando que, mais uma vez, o índice de mercúrio presente nos peixes da região está acima do recomendado pelas autoridades de saúde.

No Amazonas

No Amazonas, 50% dos peixes analisados com origem nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, na calha do alto rio Negro, foram apontados como portadores de altos índices de mercúrio. Já em Maraã, banhada pelo rio Japurá, o registro ficou em apenas 2%.

Pesquisa na feira

Coordenado pelo especialista em saúde pública, Paulo Basta, o estudo foi feito com peixes comprados nas feiras dos municípios, para aferir com exatidão o que a população está consumindo. No total, 1.010 amostras de pescados carnívoros e não carnívoros passaram por análise em laboratório. “Nosso objetivo foi coletar peixes que são vendidos normalmente em feiras livres, em mercados municipais ou diretos das mãos de pescadores de modo a mostrar para a sociedade que o problema da contaminação do mercúrio não está restrito a povos indígenas ou a outros povos tradicionais”, afirmou Basta.

Garimpo

O pesquisador da Fiocruz aponta que os pescados são contaminados normalmente pela ação do garimpo ilegal e, ao consumi-los, a população também se contamina. Isso porque, em ambiente aquático e por ação de bactérias, o mercúrio vira metilmercúrio, uma substância altamente tóxica para animais e humanos.

Roraima dispara

Protagonista dos noticiários recentes sobre garimpo ilegal, o Estado de Roraima é o que conta com o maior valor entre todos os seis analisados: 40% dos animais tinham índices superiores ao que é indicado.

Com informações da Folha de São Paulo/Fiocruz