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Pé Diabético: menos de 1% dos pacientes em acompanhamento no Ambulatório de Egressos apresentam retorno de lesões já tratadas

Dados do primeiro trimestre deste ano, do programa Pé Diabético, ofertado pelo Governo do Amazonas, apontam que menos de 1% dos pacientes oriundos do Ambulatório de Egressos, apresentaram recidivas (retorno das lesões tratadas) após acompanhamento especializado, que inclui orientação e abordagem multiprofissional.

Pioneiro nesse tipo de assistência no Estado, o programa é gerido pela Associação Segeam (Sustentabilidade, Empreendedorismo e Gestão em Saúde do Amazonas).

O Ambulatório de Egressos recebe pacientes após a alta por cicatrização das lesões crônicas, para continuidade do cuidado com uma equipe multiprofissional envolvida no processo de mudança de estilo de vida, empoderamento e motivação para o autocuidado.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, apontam que 5,4% da população adulta do Amazonas foram diagnosticados com diabetes, o equivalente a 144 mil pessoas. À época, a população com mais de 18 anos no Estado era de 2,866 milhões de pessoas.

Levantamento trimestral do Pé Diabético mostra que foram registrados, no âmbito do programa, entre janeiro e março de 2023, mais de 5 mil atendimentos a pacientes, somando 7 mil procedimentos de curativos realizados nesse respectivo período.

A prevalência, ou seja, o número de casos registrados no período, foi de mil usuários, com cerca de 100 lesões cicatrizadas.

“As lesões que se desenvolvem nos pés desses pacientes podem ser extremamente complexas e desafiadoras de tratar. Nossa equipe dedicada de profissionais de saúde tem se esforçado incansavelmente para melhorar a vida de nossos pacientes e prevenir complicações graves, como amputações. No primeiro trimestre, mais de 100 lesões complexas foram cicatrizadas. E o mais importante: representam não apenas a cura física desses pacientes, mas também uma mudança significativa em suas vidas”, explicou enfermeira estomaterapeuta Hanna Carvalho, supervisora do programa Pé Diabético pela Segeam.

De acordo com ela, o programa inclui equipe multidisciplinar, com enfermeiros especialistas, angiologista, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e estomaterapeuta. “As atualizações dos protocolos são constantes, incluindo tecnologias avançadas e o que há de mais eficaz nos tratamentos de lesões, baseados em evidências”, destacou Hanna.

A supervisora destaca que o acesso ao programa Pé Diabético se dá por encaminhamento médico de profissionais de unidades de saúde das redes Municipal e Estado. O serviço é descentralizado e está disponível nos seguintes locais: zona Norte (Policlínica Danilo Corrêa), zona Leste (Policlínica Zeno Lanzini), zona Oeste (Policlínica José Lins) e zona Sul (Policlínica Codajás), de forma totalmente gratuita.

Dica de controle

O diabetes é dividido em quatro subtipos: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes gestacional e diabetes infantil. O controle da doença é feito, especialmente, com uma alimentação balanceada (que requer acompanhamento nutricional), consumo de água em quantidade adequada e o uso correto de medicamentos, além de seguir calendário de avaliações de saúde e manutenção da glicemia dentro dos parâmetros recomendados. A prática de exercícios físicos de forma regular e com acompanhamento profissional, também auxilia no equilíbrio.

Caso haja descontrole da glicemia, os primeiros sinais que podem indicar alterações nos membros inferiores, são: mudança da sensibilidade nos pés (neuropatia diabética); deformidades ortopédicas; comprometimento vascular (doença arterial periférica). “Nesses casos, o indicado é procurar uma unidade de saúde que ofereça atendimentos a diabéticos, o mais breve possível”, frisou a enfermeira Hanna Carvalho.