Uma onda de calor recorde está atingindo o mundo, com temperaturas atingindo máximas históricas em muitos países. Na China, a cidade de Sanbao registrou um recorde nacional de 52,2°C, enquanto incêndios florestais na Europa se intensificavam antes de uma segunda onda de calor em duas semanas.
Os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores de carbono do mundo, estão se reunindo nesta segunda-feira para discutir as mudanças climáticas. Os cientistas afirmam que a meta de manter o aquecimento global dentro de 1,5°C dos níveis pré-industriais está fugindo do alcance, e as evidências da crise estão por toda parte.
Quase um quarto da população norte-americana estava sob alertas de calor extremo, em parte devido a uma cúpula de calor que se instalou nos Estados do oeste do país. Na Coreia do Sul, chuvas torrenciais deixaram 40 pessoas mortas quando os diques de um rio desabaram, causando inundações repentinas.
A cúpula de calor no oeste dos Estados Unidos também ajudou a gerar fortes chuvas no nordeste, matando pelo menos cinco pessoas. Os alertas de calor se espalhavam até a Flórida.
No Vale da Morte, na Califórnia, os turistas se reuniram em Furnace Creek no domingo, esperando testemunhar a temperatura mais quente reconhecida na Terra: 56,7°C em 1913, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
Carlo Buontempo, diretor do Copernicus Climate Change Service da União Europeia, disse que há um padrão claro de ondas de calor se tornando mais comuns, conforme previsto pelos cientistas.
“Já estamos em território desconhecido, completamente. Nunca vimos nada assim em nossa memória viva, em nossa história”, disse Buontempo.
A onda de calor é um lembrete da urgência das mudanças climáticas. Os líderes mundiais precisam agir agora para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e evitar os piores impactos da crise climática.
De CNN Brasil.
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