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No mês do Meio Ambiente, colégio de Manaus reforça a importância do debate em torno das questões ambientais

Com o objetivo de desenvolver nos alunos – além de pais e responsáveis – posturas conscientes diante do tema Meio Ambiente, o Colégio Lato Sensu promove há mais de 10 anos um projeto que debate sustentabilidade ambiental abrangendo estudantes do 2º ao 8º ano do Ensino Fundamental. Além disso, a atividade busca fornecer subsídios aos estudantes para que eles possam defender, com base em informações, pontos de vistas e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável.

Segundo Karoline Cunha, coordenadora de Segmento do Ensino Fundamental Anos Finais do Colégio Lato Sensu, é essencial que os alunos entendam que são seres transformadores do meio. “Boa parte do que vivenciamos hoje, em relação ao Meio Ambiente, é fruto de ações humanas do passado. Ou seja, nossas ações de hoje estão diretamente relacionadas às condições ambientais futuras. Portanto, o projeto foi criado com o objetivo de formar cidadãos que tenham ações e posturas responsáveis diante de problemas ambientais”, comenta ela.

Todos os anos, os professores são reunidos para elaborar o tema gerador do projeto. Para 2023, dois temas foram escolhidos: ‘Ameaças e Extinção das Espécies: Cadê a Vida que Estava Aqui?’, direcionado aos alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais (EFAI), e ‘Avanços Tecnológicos: Desafios Socioambientais e Possibilidades Para o Futuro’, destinado ao Ensino Fundamental Anos Finais (EFAF).

“A equipe de professores é dividida em subgrupos, e cada um deles é responsável por pesquisar um tema, apresentá-lo e explicar a importância deste para o desenvolvimento dos alunos. Tais pesquisas são feitas baseadas em temas atuais e também em consonância com os objetivos de desenvolvimento sustentável, conforme a agenda 2030”, detalha Karoline, ressaltando que, após a apresentação dos temas, é feita uma votação interna para selecionar o mais adequado.

Divisão

No projeto, cada turma do 8º ano é dividida em grupos e cada um deles representa um estado brasileiro. A partir daí, cada grupo faz um estudo mais aprofundado sobre a temática, buscando estratégias, soluções, ideias e argumentos a favor do estado que estão representando, a fim de solucionar problemas complexos em caráter social e/ou ambiental.

A culminância do projeto se dá por meio de um fórum interestadual que ocorre no próprio ambiente escolar. O fórum é dividido em três blocos, sendo estes: apresentação das delegações e discussão das propostas; discussão a partir da crise estabelecida para cada sala de debate; síntese dos dois primeiros blocos e votação.

Tal momento é guiado pela mesa mediadora, que é composta por alunos do 9º ano do EFAF até a 3ª série do Ensino Médio, variando a série ano a ano. Em 2022, por exemplo, a mesa foi composta pela 2ª e pela 3ª Série do Ensino Médio e, esse ano, será composta por alunos do 9º ano do EFAF.

Engajamento

Ainda segundo a coordenadora, ao longo dos mais de 10 anos de projeto, os alunos têm demonstrado bastante interesse e engajamento em todas as atividades propostas, desde a produção e escolha do mascote oficial do projeto, até a produção e a apresentação final. “Nos momentos de escuta pós projeto, eles pontuam toda a experiência, sempre elogiando o andamento das atividades e elencando a importância do projeto para o desenvolvimento cidadão deles”, revela.

Já os pais e/ou responsáveis enxergam de forma muito positiva a iniciativa da escola. “Temos feedbacks constantes tanto no ambiente escolar como nas redes sociais oficiais da instituição. As falas são de grande satisfação e prestígio, principalmente pelo fato de os alunos atuarem de forma autônoma e responsável ao longo de todo o projeto, desde a produção dos cartazes, dos infográficos e dos protótipos sustentáveis até a argumentação e a postura durante as apresentações e a defesa no fórum multilateral”, finaliza Karoline.

Após todos os levantamentos e apontamentos acerca do problema discutido, as delegações de cada comitê apresentam uma carta oficial com as propostas de resolução que é um documento normativo que contêm o que foi acordado nos debates e as decisões alcançadas pelo comitê. As resoluções são documentos de caráter final e por isso, após uma votação, representam o consenso entre as delegações do comitê e são o produto produzido pelas delegações, formadas pelos nossos alunos nesse contexto de simulação.