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EUA atraem brasileiros com cursos STEM e chances de trabalho

Estudantes de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (resumidas pela sigla STEM, em inglês) podem solicitar um tempo maior para trabalhar legalmente nos Estados Unidos, em comparação com alunos de outros campos do conhecimento

Com a maior economia do mundo e sede de universidades renomadas, os Estados Unidos são o destino de muitos brasileiros que buscam cursos de graduação ou de Master of Business Administration (MBA, um tipo de pós-graduação). 

Para aqueles que atuam na área de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (resumidas pela sigla STEM, em inglês), há um diferencial: a possibilidade de trabalhar legalmente no país por quase cinco anos.

Como explica Alessandra Crisanto, CEO da Study & Work USA, fazer uma graduação ou MBA em uma dessas áreas não só oferece a chance de uma educação de alta qualidade, mas também abre portas para novas oportunidades profissionais e experiências de vida consideradas enriquecedoras. A empresa em que ela atua como CEO é especializada em prestar consultoria a brasileiros interessados em estudar nos Estados Unidos.

Crisanto acrescenta que existem diferentes tipos de autorizações possíveis para um estudante com visto do tipo F1 trabalhar. Uma delas é a Curricular Practical Training (CPT), que permite aos alunos ganharem experiência prática em estágios ou empregos enquanto ainda estão matriculados.

A outra opção é chamada Optional Practical Training (OPT). Ela permite que o estudante trabalhe na sua área após a conclusão bem-sucedida de um programa acadêmico. A duração máxima é de 12 meses.

Estudantes das áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática são elegíveis à OPT STEM. Ela é uma extensão de uma OPT regular, com prazo máximo total de 36 meses (ou seja, um prazo maior do que a autorização convencional).

“O estudante pode ter uma experiência de trabalho durante as aulas e, como os cursos são STEM, o governo permite que fique até 3 anos após o término apenas trabalhando”, afirma Crisanto. 

Ela faz, no entanto, uma ressalva. Caso o estudante faça o CPT por mais de 12 meses em período integral (mais de 20 horas de trabalho por semana), perde o direito ao OPT. Para evitar isso, o interessado teria de fazer 12 meses no período integral, mais oito meses de CPT meio período (20 horas ou menos por semana) e, assim, conseguiria usufruir do OPT STEM para os próximos três anos, totalizando 56 meses (quatro anos e oito meses).

“Primeiro, a faculdade libera para o trabalho, desde que a oportunidade faça parte integral do curso. Após o término, o estudante é orientado a pedir direto para a imigração, a qual irá permitir inclusive que a pessoa monte sua própria startup”, acrescenta a especialista.

Cursos STEM

É comum que muitas pessoas fiquem em dúvida com quais cursos estão inclusos na definição de STEM. Para isso, o interessado deve consultar a relação completa que está disponível no site oficial do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.

A lista traz cursos como ciência da computação, engenharia civil, engenharia química, agronomia, veterinária, comunicação digital, inteligência artificial, entre outros.

De acordo com Crisanto, o primeiro passo na hora de planejar seus estudos nos Estados Unidos é encontrar universidades e programas que se alinhem aos objetivos e interesses individuais, informando-se, em seguida, sobre formas de ingresso, vistos, possíveis bolsas de estudos e o dia a dia na cidade escolhida. 

Para saber mais, basta acessar: http://www.alecrisanto.com.br