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Meio Ambiente

Programa Agentes Ambientais Voluntários completa 15 anos com mais de 2,3 mil capacitados

Iniciativa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente transforma comunitários em educadores ambientais desde 2008

Educar para transformar. Esta é a premissa que acompanha o Programa Agentes Ambientais Voluntários (AAV), iniciativa da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), que completa 15 anos nesta terça-feira (26/09). Ao todo, mais de 2,3 mil comunitários foram capacitados desde 2008. 

Com o objetivo de inspirar atitudes coletivas em defesa da natureza, o despertar para a cidadania e o respeito ao meio ambiente, o Programa AAV propõe uma jornada de capacitação para formar lideranças comunitárias em Unidades de Conservação (UC) ou áreas de Acordos de Pesca. É o que explica o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.

“O AVV propõe uma experiência construtiva em que o principal foco é transformar comunitários em educadores ambientais. Eles são peças fundamentais para mobilizar a sociedade e multiplicar informações que promovam a conservação das nossas áreas de floresta. É um programa de sucesso, que cria conexão e responsabilidade ambiental coletiva há 15 anos”, destacou.

O trabalho voluntário envolve, por exemplo, prestar auxílio em atividades de educação ambiental, monitoramento, preservação e conservação da biodiversidade nas localidades onde o programa foi implementado, segundo reforça José de Oliveira, Agente Ambiental Voluntário na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Gregório.

“O AAV é uma peça fundamental para o desenvolvimento da comunidade e para o conhecimento em educação ambiental. Ele é a pessoa que leva essa mensagem nas comunidades e, com muito compromisso e propriedade, porque nós recebemos uma formação para exercer essa função. Levamos o conhecimento do que é crime, do que causa impacto, do que pode poluir o solo e a água. Sem o Programa nós não faríamos o que fazemos hoje”, explicou.

Entre as atividades de destaque realizadas pelos AAV está o monitoramento e a conservação das espécies de quelônios. O trabalho inclui a vigia de tabuleiros de desova, a coleta de ovos e acompanhamento da eclosão nas chocadeiras, além da soltura dos filhotes quando os animais atingem tamanho ideal para sobrevivência no habitat natural.

Ao longo de 15 anos, já foram capacitados 1.912 agentes em Unidades de Conservação Estaduais, 60 em Unidades de Conservação Federais, além de 370 para atuação em áreas de Acordos de Pesca. Sua principal função é educar, segundo frisa o AAV Francisco de Souza, conhecido como “Peba”, da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, na Zona Rural de Manaus.

“O Agente Ambiental Voluntário uns anos atrás era como se fosse um fiscal, mas não era isso que a gente queria. A gente queria que ele fosse um educador, para poder fazer com que as coisas andassem. E hoje o AAV é um educador e também proporciona o desejo dos jovens de estudar, de buscar o conhecimento sobre a área em que ele vive”, completou.

Etapas do programa

A formação de AAV inclui cinco etapas, começando pela sensibilização dos comunitários para se candidatarem como voluntários. A etapa seguinte é uma oficina de capacitação, que dura em média quatro dias. Na oportunidade, os candidatos elaboram um Plano de Ação para solucionar três problemas junto às suas comunidades, em até 90 dias.

Após o prazo, as equipes da Sema voltam às comunidades para avaliar a execução do Plano de Ação e iniciar a próxima etapa, que consiste no credenciamento dos Agentes Ambientais Voluntários. Na ocasião, eles são oficialmente apresentados para a comunidade e recebem, além do fardamento, formulários de denúncias, modelos de relatórios para registro de atividades e uma carteira de identificação válida por dois anos.

A quinta e última fase é o monitoramento das atividades, feito pela Sema de maneira contínua, a fim de acompanhar os trabalhos dos agentes e prestar apoio para novas demandas dos voluntários. É o momento para atualizar o banco de informações do programa, número de atuantes e desistentes, bem como articular novas frentes de trabalho.