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Compositor brasileiro usa orquestra virtual em seus projetos

Ao utilizar tecnologia para simular orquestrações ultrarrealistas, Antonio Ibrahine ponta que é possível atingir uma diminuição dos custos de produção

Nos últimos anos, o crescente desenvolvimento das tecnologias possibilitou que artistas de diversos segmentos passassem a dispor de uma gama de novas ferramentas tecnológicas para realizar seu trabalho.

É o caso do compositor, orquestrador e arranjador brasileiro Antonio Ibrahine, que em seu processo de criação faz uso de uma tecnologia de instrumentos virtuais que simulam o som e o comportamento de uma orquestra acústica tradicional. O resultado disso são orquestrações ultrarrealistas. A exemplo disso, é possível citar as faixas compostas para o catálogo de “History Tones” e “Earth Tones” da ExtremeMusic, braço da Sony Music Publishing para licenciamento de música. 

“Nesse processo, além de instrumentos virtuais apropriados e de um computador potente, o conhecimento musical e a percepção cirúrgica do produtor/compositor são fundamentais. No final, o produtor se torna uma espécie de regente moderno”, avalia Ibrahine.

Ao discorrer sobre a utilidade das simulações com “orquestras virtuais”, o profissional destaca a significativa diminuição, para os clientes, dos custos de produção, preservando-se a qualidade sonora.

Antonio Ibrahine ressalta que, em grande parte dos trabalhos que realiza com Bleeding Fingers, uma joint venture do compositor de Hollywood Hans Zimmer, o som de uma orquestra completa é criado por meio de sons eletrônicos. 

“Há 30 anos, para obter esse resultado, seria necessário gravar em estúdios de excelência com cerca de 70 músicos por sessão, mais outras tantas pessoas envolvidas em uma gravação; hoje, porém, os instrumentos virtuais eliminam esses custos”, afirma.

Sobre o compositor

Ibrahine graduou-se em composição pela Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), dando sequência a seus estudos ingressando em um curso de música para cinema na Filmuniversität Babelsberg, instituição de cinema da Alemanha e por último, fez o curso “música para filme/TV” na USC/Los Angeles

Desde 2022, Ibrahine trabalha como arranjador e orquestrador no estúdio e gravadora Tim Janis Ensemble, cujo proprietário é o compositor norte-americano de new age Tim Janis, que já teve 10 discos no ranking global da revista Billboard e conta com mais de 1,5 milhão de seguidores no YouTube. “O desafio, nesse caso, consiste em fazer produções orquestrais complexas sem perder a conexão emotiva com o público-alvo de Tim, mantendo sempre um equilíbrio entre simplicidade e refinamento”, salienta.

No ano passado, Ibrahine também atuou como orquestrador para o Big Apple Circus, circo com sede em Nova York que se tornou atração turística da cidade, preparando partituras para serem executadas ao vivo.

Recentemente, em 2023, desenvolveu trabalhos como orquestrador e arranjador para o produtor musical brasileiro Daniel Figueiredo, que produz trilhas para TV. Entre as diversas produções das quais participou, Ibrahine destaca a telenovela “Reis”, exibida pela Record TV. “Este foi um dos trabalhos de que eu mais gostei, pois tive a oportunidade de aliar som orquestral épico com sons eletrônicos e elementos de época na música”, relembra.

Para saber mais, basta acessar www.antonioibrahine.com ou https://www.instagram.com/antonio.ibrahine/