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Nome do PSD para a Funasa aumenta pressão sobre o Planalto e cria desconforto no Republicanos

Reprodução: Instagram

Partido indica Lilian Capinam para presidência interina da Funasa, aprovada pela senadora Daniella Ribeiro


A disputa entre PSD e Republicanos pelo comando da Funasa segue com a indicação de Lilian Capinam para a presidência interina do órgão. Recomendada pela senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) ao governo para liderar a reestruturação da Funasa, Capinam também recebeu o apoio do líder do PSD na Câmara, Antônio Britto (PSD-BA), para a Secretaria de Relações Institucionais. No entanto, a decisão final cabe à Casa Civil.

A possibilidade de a indicada do PSD assumir o cargo, mesmo que de forma transitória, causou desconforto entre os líderes do Republicanos que tinham expectativas de controlar a Funasa. Membros do partido afirmaram que não foram consultados sobre a presidência interina nem sobre o nome indicado.

Capinam, funcionária de carreira da Funasa e atual diretora administrativa da fundação, é vista como uma escolha técnica pelo PSD para liderar a reestruturação do órgão e determinar sua nova configuração organizacional.

Embora o PSD prefira que o ex-vice-governador do Ceará, Domingos Filho, assuma permanentemente a presidência da Funasa, os líderes do Republicanos temem que Capinam seja efetivada no cargo após a fase de transição e se torne uma figura influente do PSD na Funasa.

O Republicanos tem ampliado sua presença no governo, com Silvio Costa Filho ocupando o Ministério dos Portos e Aeroportos. O controle da Funasa faz parte de um acordo que beneficiaria o governo em termos de apoio no Congresso. No entanto, se a Funasa for para o Republicanos, membros do PSD alertam que haverá descontentamento na Câmara, levando a uma diminuição do apoio parlamentar aos projetos do Palácio do Planalto. Atualmente, o PSD detém três ministérios.

Historicamente, a Funasa tem sido influenciada por partidos do Centrão e tem recebido um aumento de verbas nos últimos anos para atender às bases eleitorais dos parlamentares. O presidente Lula chegou a planejar sua extinção e a transferência de suas principais funções para o Ministério das Cidades, liderado por Jader Filho, do MDB. No entanto, o Congresso se opôs à medida, forçando o governo a restabelecer a Funasa. No ano passado, o orçamento da Funasa era de R$ 3 bilhões.

De O Globo