De acordo com o órgão, falta ação do governo estadual contra as queimadas tanto na capital quanto na Região Metropolitana. Há mais de três dias, uma fumaça tóxica toma conta de Manaus
A Defensoria Pública do Amazonas solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) intervenção federal devido aos incêndios florestais que cobriram Manaus com uma nuvem de fumaça. Para o órgão, o governador Wilson Lima não adotou medidas adequadas para dar conta do problema.
Segundo a representação, é responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) julgar sobre a possibilidade de intervenção federal no Amazonas, tendo em vista o cenário.
Embora o governo do estado tenha decretado estado de emergência ambiental em setembro e tenha repassado R$ 1,1 milhão para que brigadistas pudessem agir no “arco do desmatamento”, a Defensoria aponta que houve um aumento nas queimadas desde a medida.
Nos 10 primeiros dias de outubro, como indica o documento, foram registrados 2.684 focos de incêndio, o que representa um aumento de 78% do total de queimadas apuradas no mesmo período em 2022.
A capital amazonense registrou na última semana uma das piores qualidades do ar do mundo, de acordo com a World Air Quality Index, algo que também foi destacado no documento. “No dia 21 de setembro de 2023, durante uma dentre sucessivas ‘ondas de fumaça’ que vem assolando o Amazonas, Manaus chegou ao topo do ranking das cidades com pior qualidade de ar do mundo”.
O documento observa que a fumaça acabou impactando “diretamente a rotina e qualidade de vida da população manauara: a mídia denuncia a multiplicação de problemas respiratórios, como sangramentos nasais, coriza, ardência nos olhos e secura na garganta”.
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