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Manaus

Região Norte é a que mais pensa em mudar de carreira

A região Norte do país está no topo do ranking de profissionais que estão ou já estiveram interessados em buscar novas oportunidades de trabalho, considerando transitar em outros rumos e carreiras. É o que aponta uma recente pesquisa da Onlinecurriculo, plataforma de currículos, que divulgou que para cerca de 90,6% dos nortistas entrevistados, quando o assunto é mudar de profissão, a resposta é “sim”

Para a maioria dos respondentes, inclusive, não há limite de idade para a transição acontecer. Pelo menos 59,3% disseram não acreditar que há uma faixa etária limite. Uma parte (25%) diz que a idade ideal é até os 30 anos, enquanto 9,3% diz que aos 40 anos é o limite.

De modo geral, os fatores que impulsionam a decisão são diversos, mas já conhecidos: o principal, citado por 68,7% dos entrevistados foi a busca por melhores salários e benefícios, seguido por falta de satisfação ou realização (46,8%), vontade de explorar novas habilidades (37,5%) e, empatados em quarto lugar, aparecem mudanças no mercado profissional e ausência de oportunidades no segmento em que atuam (com 31,2% cada). 

Quanto às outras razões, que revelam uma tendência importante no mercado de trabalho, aproximadamente 28,1% disseram que mudariam de carreira para empreender, enquanto a necessidade de mais saúde física e mental e a busca por mais propósito e felicidade no trabalho seguem logo na dianteira, com 28% e 21,8% das respostas, respectivamente.  

Receio de se frustrar e queda na renda caminham com a vontade de mudar 

Que a relação das pessoas com o trabalho está em processo de mudança, a gente já sabe. Agora, os trabalhadores buscam muito mais qualidade de vida, flexibilidade e realizar desejos pessoais, o que torna mudar de emprego uma ação muito mais comum do que no passado. 

Por outro lado, os profissionais tendem a acreditar mais que as empresas são resistentes à transição. Pelo menos 31,2% creem que as corporações não encorajam a contratação de novos profissionais vindos de outras áreas e outros 18,7% acreditam que as empresas são indiferentes à mudança. Aqueles que apostam que as companhias incentivam a iniciativa representam 21,8%, número menor do que os que não souberam ou preferiram não responder (28,1%).

Naturalmente, para uma boa parcela da população, a mudança de carreira vem acompanhada de algumas preocupações. Os profissionais do Norte apontaram que aprender e desenvolver novas habilidades (40,6%) é o principal desafio. Após citarem também o receio com a possibilidade de frustração com a nova carreira e a procura pelas oportunidades, cerca de 9,3% disseram que recomeçar com um salário menor é um dos grandes desafios na hora de escolher trocar de profissão.

Da mesma forma, ter uma condição financeira apropriada e o incentivo do mercado de trabalho nacional são os fatores que dariam segurança para tomar a decisão de se aventurar em uma nova carreira, segundo a pesquisa. O apoio da família também foi citado entre os entrevistados como incentivo para a transição. Pelo menos 40,6% disseram se sentir mais confiantes se tiverem esse apoio das pessoas próximas.

Norte encabeça o primeiro lugar, mas outras regiões também estão no mesmo caminho

O estudo revelou ainda que a maior parte dos entrevistados de todas as demais regiões do país também disseram que já pensaram ou pretendem mudar de carreira. O Centro-Oeste aparece em segundo lugar, com 87,5% dos entrevistados, seguido pelo Sudeste, com 86,5%. 

Neste cenário, alguns dados chamam atenção: para os sulistas, a procura por uma jornada de trabalho flexível apareceu em quarto lugar dentre as razões que os levariam a cogitar a transição, empatando com mudanças no mercado profissional (com 34,6% cada uma). 

Já no Nordeste, o desejo de empreender (31,8%) e a busca por mais propósito e felicidade no trabalho (31,1%) aparecem em terceiro e quarto lugar, respectivamente, como fatores decisórios.

Metodologia

A plataforma de currículos ouviu 500 brasileiros de todas as faixas etárias, classes sociais e regiões entre os dias 15 e 22 de março a fim de entender se elas já pensaram ou pensam mudar de carreira e os principais motivos e desafios para trocar de profissão.