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Arcturus: o que se sabe sobre a nova variante do coronavírus

Josué Damacena/IOC/Fiocruz

Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou a sublinhagem Ômicron de rápido crescimento XBB.1.16 como uma nova variante de interesse e diz que ela está superando a XBB.1.5 anteriormente dominante em muitas regiões.

XBB.1.16 é um descendente da XBB recombinante, que é um misto de duas sublinhagens BA.2. Nas redes sociais, a variante foi apelidada de Arcturus, como a estrela mais brilhante do hemisfério celeste Norte. Atualmente, é a variante dominante na Índia, onde está causando uma onda de doenças leves. Mas foi detectada em 32 outros países, incluindo os Estados Unidos.

Esta ramificação está intimamente relacionada com XBB.1.5 – relembre aqui. Ela tem duas alterações genéticas diferentes, incluindo uma em sua proteína Spike, disse François Balloux, diretor do UCL Genetics Institute, da University College London, em um comunicado à imprensa.

Balloux afirmou que espera um bom desempenho em países que não tiveram uma onda considerável de casos causados pela sublinhagem XBB.1.5, como China e Índia. Ele diz que não espera que isso tenha muito impacto nos números de casos no Reino Unido, por exemplo.

Estudos mostraram que se uma variante causará uma onda de casos em um país depende muito da imunidade da população, bem como da variante que foi a última causa dominante de infecções naquele país.

A OMS diz que, embora essa variante pareça estar se espalhando mais rapidamente do que as variantes anteriores e escape da imunidade – mesmo em pessoas que tiveram recentemente a cepa XBB.1.5 – ela não parece estar causando doenças mais graves. Portanto, a OMS diz que o risco dessa variante é baixo.

Na semana passada, nos Estados Unidos, a XBB.1.16 foi responsável por cerca de 10% dos casos de Covid-19 em todo o país, acima dos 6% da semana anterior. A variante XBB.1.5 continua a ser a causa dominante de novas infecções nos EUA, de acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

A OMS recomenda que os países compartilhem informações sobre essa variante, bem como realizem testes para ver como a imunidade de suas populações se defenderá contra ela. A instituição também pede aos países que fiquem de olho em certos indicadores de gravidade da doença à medida que essa sublinhagem se espalha.

Com informações de CNN Brasil.