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Economia

Indígena destaca relevância das feiras da ADS para unir cultura e geração de renda

FOTO: Lincoln Fontenelle | Ruth Jucá | Divulgação / ADS

As Feiras de Produtos Regionais possibilitam a comercialização de parte da produção rural do Amazonas

Neste Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril, a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) destaca a atuação do Governo do Estado para fortalecer e valorizar o trabalho dos povos originários, que se dedicam à agricultura familiar. Com foco na comercialização de parte da produção rural, a ADS tem uma série de programas disponíveis para adesão dos produtores. 

Entre as diversas ações voltadas para o setor primário, a Feira de Produtos Regionais abriu as portas para centenas de indígenas no Amazonas, como a Elizanete Maciel Kaxinawa, que atua, há dois anos, nas edições realizadas no Manaus Plaza Shopping, na capital, comercializando produtos naturais de origem orgânica. 

“Eu trabalhava em feiras particulares, um dia observei as feiras da ADS e decidi ir a pé até a sede da Secretaria de Produção Rural para ver os requisitos de participação, fui orientada, fizemos a inscrição e logo em seguida nos chamaram para participar da feira”, disse. 

Elizanete relata que o espaço cedido pelo Governo do Estado fez toda a diferença, possibilitando mesclar a cultura e a geração de renda para a sua família. “A ADS oferece um auxílio muito bom, cedendo o espaço montado e a organização para a exposição dos nossos produtos, inclusive alcançando resultados muito bons”, afirmou. 

Além das feiras, todos os demais programas executados pela ADS beneficiam produtores, inclusive a população indígena, desde a agricultura familiar até as agroindústrias, cooperativas e associações.  

Em São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros de Manaus), o município mais indígena do país, a Feira da ADS passou a ser realizada diariamente, devido ao seu grande sucesso entre a população local. Além dos produtos hortifrutigranjeiros, o carro chefe da edição passou a ser o artesanato indígena. A edição comporta produtores de 28 etnias. São mais de 120 agricultores e 20 artesãos cadastrados.

O engenheiro de pesca da ADS, Dr Aprígio Mota, explica que, além de ser uma fonte de renda, as cerâmicas, cestos e demais produções artísticas representam uma propagação da cultura indígena e a diferenciação das etnias existentes no local.  “Todos os artesanatos têm o traço, uma tintura, uma pintura, uma forma geométrica e todas essas coisas classificam a etnia. Essa classificação é o orgulho próprio que cada povo tem. O artesanato representa o resgate e a cultura indígena dos povos tradicionais e é importante a gente resgatar essa cultura, que faz parte dos pilares da sustentabilidade, junto à economia, meio ambiente e social”, disse Aprígio.

Em Santa Isabel do Rio Negro (a 630 quilômetros de Manaus), a atuação dos técnicos da ADS conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), por meio do programa Balcão de Agronegócios. Todo o excedente de produção no município é escoado para grandes redes de supermercados e atacadistas com a intermediação da ADS.

O primeiro passo para participar dos programas da ADS é obter a carteirinha do produtor rural, que pode ser emitida na sede da ADS, em Manaus, ou nos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (Idam), em cada um dos municípios do interior. 

Com informações da Assessoria.