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DNIT vai liberar mais de R$ 40 milhões para reconstrução de pontes no AM

Em janeiro deste ano, a queda das pontes já estava afetando a população no Careiro da Várzea, no Careiro e em Manaquiri, com falta de alimentos e remédios.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou, que o órgão já iniciou os processos de reconstrução das duas pontes que desabaram entre setembro e outubro na BR-319, e causou a morte de três pessoas e deixou mais de 14 feridos. As obras das novas pontes no rio Curuçá e no rio Autaz-Mirim têm o prazo de um ano de execução a contar da declaração da situação de emergência.

De acordo com as informações, os técnicos do Dnit e da empresa contratada trabalham no projeto da travessia sobre o Curuçá. Neste caso, o investimento total para erguer a nova travessia é de aproximadamente R$ 24,8 milhões. A obra contratada tem previsão de término para outubro de 2023. A estrutura, localizada no km 25 da BR-319, desabou no dia 28 de setembro e interditou a passagem de municípios do interior até a capital do estado, Amazonas.

Já quanto ao andamento dos trabalhos para dar prosseguimento à construção da travessia sobre o rio Autaz-Mirim, o Dnit informou que deverá assinar até o fim da próxima semana o contrato com a empresa que vai executar os projetos e a obra, com investimento total aproximado de R$ 18,9 milhões.

A travessia no rio Curuçá está sendo realizada por meio de balsa desde o dia 2 de novembro, 35 dias após o desabamento, com operação realizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A balsa da empresa Amazônia Navegação realiza o transporte de pedestres, veículos e cargas de forma gratuita.

Ainda de acordo com o órgão, a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023 prevê investimento de R$ 89,4 milhões para a realização de melhorias na BR-319/AM. As travessias no locais de desabamentos são realizadas por meio de balsas. 

Trecho improvisado causa transtornos

Desde que as duas pontes caíram, moradores de Autazes, Região Metropolitana de Manaus, e de municípios que chegavam a Manaus via estrada do Rosarinho denunciam descaso e dificuldades para locomoção no local. 

“Você tem que fazer praticamente três transbordos de carro e lancha até chegar ao seu destino. Antes das quedas das pontes, de Autazes até a capital Manaus, fazíamos entre 4 a 5 horas. Hoje, você sai de Autazes e só volta no outro dia, se tiver sorte”, relatou o morador Fabian Lamêgo, 46.

Com o problema que já afeta os quilômetros 10 e 12 da região, o transporte de insumos e pacientes fica ainda mais precária. 

“Com o problema das pontes, e a falta de interesse por parte do poder público, é cada dia mais difícil chegar a um hospital, uma consulta médica, ao trabalho…Só colocavam aterro quando já não passava mais ninguém ou quando os carros começavam a quebrar…”, disse. 

Descaso do DNIT

Uma das principais denúncias dos moradores seria o descaso do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) com a situação. Na última terça-feira (14), a Polícia Rodoviária Federal do Amazonas (PRF-AM) interditou parte da BR-319 para manutenções apenas no quilômetro e 24.

“Eles – a empresa, falam que vão fechar o local para melhorar a infraestrutura, mas nunca chega esse momento Só fazem improvisos que pioram a situação, precisamos trabalhar. Antes demorávamos cerca de 1 hora para chegar em Manaus, hoje, é 4 horas”, disse o jornalista Eduardo Sampaio, 37. 

Em janeiro deste ano, a queda das pontes já estava afetando a população no Careiro da Várzea, no Careiro e em Manaquiri, com falta de alimentos e remédios.