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Política

“Já vai tarde”, dispara deputado Wilker Barreto após secretário Anoar Samad pedir exoneração da SES-AM

A saída do médico Anoar Samad do cargo de secretário de Estado de Saúde (SES-AM) foi tema na sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) de terça-feira (19). Quem levou o assunto foi o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza), que usou a tribuna da Casa Legislativa para afirmar que o pedido de exoneração, feito pelo próprio titular da pasta ao governador do Estado, Wilson Lima, aconteceu de forma tardia, em meio ao caos que se encontra a saúde pública do Estado.

“Antes de começar a minha fala, a imprensa está noticiando que o secretário de saúde pediu exoneração ou foi exonerado. Quero que fique registrado aqui nos anais desta Casa que já vai tarde, porque pela saúde que recebo diariamente, já era para ter há muito tempo essa tomada de decisão administrativa de exonerar aquele que não acerta”, disparou Wilker, na abertura do seu pronunciamento.

Desde as primeiras horas desta terça, a imprensa local já vinha noticiando que o secretário Anoar Samad havia entregado a sua carta de demissão ao governador Wilson Lima, fato este que se concretizou durante a manhã. Por meio de nota, o Governo do Amazonas agradeceu o ex-secretário “pelo importante serviço prestado ao longo dos dois anos e nove meses que esteve à frente da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM)”.

No dia 5 de dezembro de 2023, Wilker já havia defendido, na tribuna da Assembleia Legislativa, a exoneração de Anoar Samad. Na ocasião, o parlamentar criticou a falta de gestão do secretário mediante a crise na saúde pública, que enfrentava uma redução de atendimentos médicos nos hospitais públicos do Estado devido à greve dos profissionais de saúde, que protestavam contra o atraso de salários, desabastecimentos de insumos e estruturas precárias.

“O secretário Anoar precisa ser exonerado. Nada contra a pessoa do Anoar, tudo contra o gestor. Ele é um secretário que não vai aos hospitais. Ele é um secretário que não atende ninguém”, disse, à época, o deputado.