Cerca de 7 a 8% dos adultos no mundo apresentam dor neuropática, de acordo com a International Association for the Study of Pain (IASP), entidade que promove pesquisa para a prevenção e tratamento da dor.
O cirurgião-dentista, professor e pesquisador André Porporatti explica que a neuropatia é uma condição associada aos danos nos nervos, quando estes apresentam lesões ou comprometimentos, e, por isso, pode causar dor e afetar o funcionamento do sistema nervoso com diferentes partes do organismo.
Segundo o especialista, a neuropatia quando ocorre no sistema nervoso periférico pode ter incidência nos nervos do corpo e gânglios. Já no sistema nervoso central, esta condição pode impactar a medula espinhal e cérebro.
Porporatti lembra que a dor neuropática ocorre sem uma causa óbvia de nocicepção, ou seja, quando não há uma lesão tecidual perceptível que justifique a dor, que comumente apresenta uma condição intensa desproporcional ao estímulo recebido.
Além disso, o especialista ressalta que a neuropatia é frequentemente descrita de maneira diferente das outras dores e relata que essas características são observadas no diagnóstico da doença.
“A neuropatia ocorre quando uma pessoa sente dor desproporcional mesmo quando não há uma fonte de estimulo doloroso evidente e pode ser descrita por sensações como queimação, ardência, choque, formigamento ou coceira que variam de acordo com a percepção de cada paciente”, afirma Porporatti.
O especialista destaca que essas características ajudam a diferenciar a dor neuropática de outras formas de dor e são fundamentais para o diagnóstico e manejo adequado dessa condição.
Ocorrência da condição
Porporatti também explica que as principais causas de neuropatia são lesões traumáticas, (por qualquer dano ao nervo), distúrbios metabólicos, causas tóxicas e processos infecciosos e inflamatórios.“Cada uma delas pode resultar em danos aos nervos, levando a sintomas de neuropatia”.
O especialista ressalta que o tratamento das neuropatias é condicionado pela causa subjacente da doença e pode envolver a utilização de diferentes tipos de medicamentos e afirma que cirurgiões-dentistas especializados em dor orofacial podem ajudar a diagnosticar e tratar casos de neuropatias intraorais.
“Fármacos para alívio da dor, como antidepressivos e anticonvulsivantes, são indicados para o tratamento da neuropatia, como também a fisioterapia, intervenções cirúrgicas, controle da condição subjacente e outras abordagens terapêuticas”, aponta Porporatti.
Para saber mais, basta acessar: https://andreporporatti.com.br/ e https://www.instagram.com/andreporporatti/