por William Gaspar
Desde que Godzilla fez sua estreia em Hollywood, muitos se perguntavam se a grandiosidade do lagarto gigante seria eternamente aprisionada em fracassos cinematográficos. Felizmente, “Godzilla Minus One”, obra magistral dirigida e roteirizada por Takashi Yamazaki, não apenas ressuscita a essência original do monstro, mas também faz uma limonada deliciosa com os limões deixados pelos fiascos americanos anteriores.
A narrativa se desenrola nos tempos pós-Segunda Guerra Mundial, quando Godzilla, inicialmente concebido como um reflexo dos horrores da guerra no cinema japonês, tornou-se uma ameaça vazia nos filmes americanos. No entanto, este novo capítulo reescreve a história, retornando às raízes e lembrando-nos de que Godzilla é mais do que apenas um monstro esmagador de prédios.
Koichi (interpretado de maneira brilhante por Ryunosuke Kamiki) é apresentado como um piloto kamikaze que, ao falhar em cumprir sua missão suicida, acaba tendo seu primeiro encontro traumático com o icônico lagarto. Pousando em uma ilha, Koichi vê Godzilla de perto, marcando o início de uma conexão inesperada.
Retornando a Tóquio, Koichi assume uma nova vida como especialista em desarmar bombas submersas, mas seu destino está intrinsecamente ligado ao gigante verde. No entanto, “Godzilla Minus One” transcende o clichê de monstros destruindo cidades; é uma jornada de superação e uma declaração visualmente espetacular.
A película não apenas acerta onde as adaptações anteriores erraram, mas também nos presenteia com uma das cenas mais extraordinárias do ano, destacando os novos poderes de Godzilla em meio aos escombros. Guillermo del Toro, diretor renomado, elogiou o filme como “um dos três melhores de Godzilla de todos os tempos (ou talvez dois), com ambição e realização do tamanho da sala de cinema. Um verdadeiro milagre.”
Portanto, mergulhe nas entranhas desta experiência cinematográfica, lembrando-se de que Godzilla é mais do que um monstro; ele é um ícone que, em “Godzilla Minus One”, retoma sua grandiosidade e deixa para trás os fracassos passados.
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