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Fontes de energia sustentáveis são alternativas econômicas para ondas de calor

Investir na mudança da matriz energética priorizando as fontes renováveis, além da sustentabilidade, é um benefício econômico indiscutível

As recentes ondas de calor extremo no Brasil chamaram a atenção dos brasileiros para as consequências do aquecimento solar e seus reflexos no bolso. Um exemplo disso é que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acionou as usinas térmicas para tentar suprir a demanda em momentos de pico de energia elétrica, conforme cita a matéria do jornal O Tempo. Diante de temperaturas atingindo recordes históricos em toda a extensão do país, fazendo com que os termômetros atingissem marcas superiores a 38°C, a busca por fontes alternativas de energia que sejam mais baratas e sustentáveis aumentou. 

Informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam um crescimento na confiança e no interesse do brasileiro neste tipo de energia. Conforme matéria do Diário do Comércio, o Brasil é uma potência mundial na produção e consumo de fontes de energia renováveis, como parques eólicos e usinas solares. No caso da energia fotovoltaica, o País está na oitava posição no ranking mundial de produção.

A demanda por energia solar está em expansão em todo território nacional. Somente no início deste ano, o Brasil já alcançou a marca de 2.067 milhões de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, e mais de 2.999 milhões de unidades consumidoras recebendo créditos pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica, ou seja, 3,27% do total.

Segundo Fábio Padovani, CEO da NUV Energia, que conecta consumidores residenciais e comerciais com fazendas de energia solar por meio de um aplicativo, o número de acessos ao site aumentou mais de 30%. “Mudar a forma de consumir energia é um passo importante daqui para frente, quando começamos a colher os resultados do aquecimento global. E a energia solar tem grande potencial em um país como o Brasil, com localização geográfica que favorece o sol o ano todo”, explica o executivo.

Padovani se refere a dados do setor elétrico que mostram que, diante das ondas de calor entre setembro e novembro, houve um aumento recorde do consumo de energia em comparação com o mesmo período do ano passado. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgados na matéria da Agência Brasil (14/11), mostram que no último dia 13 de novembro, houve recorde na demanda instantânea de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN): às 14h40, foi atingido o patamar de 100.955 megawatts (MW). Foi a primeira vez na história do SIN que a carga superou a marca de 100 mil MW. O recorde anterior era de 97.659 MW, medido em 26 de setembro deste ano.

“Se investir na mudança da matriz energética priorizando as fontes renováveis já era uma ideia cada vez mais presente na vida dos consumidores, depois da onda de calor ficou claro que para além da sustentabilidade, existe um benefício econômico indiscutível”, complementa.

O uso de energia solar não apenas reduz a dependência da rede elétrica convencional, mas também pode gerar economia significativa a longo prazo. No caso da NUV, que utiliza inteligência artificial e conecta os consumidores às fazendas de energia solar por meio de um aplicativo, a economia pode chegar a até 25% na conta de energia no final do mês.

Minas Gerais é o maior polo de geração de energia solar do país, conforme aponta a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e segue atraindo investimentos para o Estado.