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Gastos globais com segurança em TI crescerão 14% em 2024

No montante dos gastos das empresas, estão incluídos também os gastos com gerenciamento de risco. Em instituições financeiras, o treinamento de profissionais em segurança cibernética foi uma das prioridades deste ano. Nesse sentido, especialista defende a inclusão de equipes multidisciplinares no desenvolvimento de soluções para segurança de dados

Estimativas da consultoria Gartner apontam que, em comparação com este ano, os gastos globais de usuários finais com segurança e gerenciamento de riscos em Tecnologia da Informação (TI) vão aumentar 14,3% em 2024, chegando a US$ 215 bilhões. Neste ano, a previsão de gastos era de US$ 188,1 bilhões. Desse montante, a consultoria prevê que os gastos com privacidade de dados e segurança na nuvem registrem as maiores taxas de crescimento no próximo ano.

De acordo com a Gartner, no caso de segurança de dados, a previsão de aumento dos gastos é de 17,4% em relação a 2023, ultrapassando os US$ 4,3 bilhões. Outra prioridade dos usuários finais é o investimento em privacidade de dados, que terão aumento de 24,6% em relação ao ano passado, com montante de gastos totalizando US$ 1.667,3 bilhão no próximo ano.

Um dos segmentos que está focado em investir em segurança de dados é o financeiro. De acordo com a última pesquisa Febraban e Deloitte sobre Tecnologia Bancária, as empresas do setor, em 2023, têm como prioridade direcionar seu orçamento em segurança cibernética para infraestrutura, prevenção às ameaças cibernéticas, gestão de identidades e acesso e, ainda, na contratação de especialistas na área de segurança da informação.

Entre as áreas beneficiadas com investimentos, a de treinamento em segurança foi prioridade para as instituições bancárias e financeiras. Em relação a 2021, por exemplo, os investimentos totais em 2022 chegaram a R$ 14,2 milhões contra R$ 6,4 milhões gastos em 2021, o que representa um aumento de 122% em investimentos em treinamento.

Com 10 anos de experiência na área de TI, o engenheiro de software José Batista de Andrade Pereira concorda que a busca por soluções de segurança passa pelo investimento em equipes multidisciplinares, que devem trabalhar em estreita colaboração para garantir que os sistemas de pagamento sejam resistentes a invasões e que os dados dos usuários estejam protegidos.

“Isso envolve a implementação de técnicas de criptografia avançada, o desenvolvimento de protocolos de segurança personalizados, o uso de inteligência artificial e testes minuciosos para identificar possíveis vulnerabilidades. Além disso, essas equipes são responsáveis por monitorar continuamente as ameaças emergentes no mundo cibernético e por se adaptar e melhorar suas soluções de segurança conforme necessário”, comenta.

Pereira ressalta que além de atuar na criação de soluções de segurança e monitoramento, as equipes de engenharia de software e demais profissionais de TI desempenham papel fundamental na educação e conscientização sobre a necessidade de manter o ambiente cibernético seguro.

“Eles contribuem para difundir as melhores práticas de segurança cibernética, tanto entre colegas como na alta administração, reconhecendo que a segurança dos dados é uma responsabilidade compartilhada”, acrescenta.

Segurança de transações financeiras precisa ser garantida, comenta especialista

O Brasil foi o segundo país da América Latina mais atingido por ataques cibernéticos em 2022, segundo levantamento da Fortinet divulgado pela Febraban. Foram 103,16 bilhões de tentativas de ataques, o que representou um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Na região, o país só perde para o México, que teve 186 bilhões de tentativas.

O engenheiro de software José Batista de Andrade Pereira atesta que no cenário atual, em que as transações financeiras estão cada vez mais no dia a dia das pessoas, a segurança dos dados passou a ser obrigatória. “Cada vez que realizamos uma compra, seja em um estabelecimento físico ou virtual, nossas informações são transmitidas. Garantir a segurança desses dados em trânsito é vital não apenas para proteger os consumidores, mas também para manter a confiança em nossos sistemas de pagamento”, diz.

O profissional observa que as soluções de segurança para dados em trânsito desempenham um papel central para o sucesso das transações financeiras, pois funcionam como uma camada invisível de proteção que envolve os dados durante a transmissão, tornando-os ilegíveis para qualquer pessoa não autorizada.

“Somente o destinatário legítimo pode decifrar e usar essas informações. Esta camada de segurança é fundamental, pois nos defende de tentativas de fraude, ataques cibernéticos e interceptações maliciosas”, conclui.