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Sumsub e Pismo discutem inclusão bancária e combate à fraude

Em evento que reuniu várias empresas da indústria brasileira de Fintech, especialistas ressaltaram que o Pix criou um mercado novo, com a inclusão financeira de milhares de brasileiros. Mas também são novas as tentativas de fraude que têm de ser identificadas antes da perda financeira

A Sumsub, plataforma de verificação de identidade de ciclo completo, que protege toda a jornada do usuário, deu início ao FintechComply Roadshow por São Paulo na última semana – seguindo para Colômbia e México. O objetivo é apresentar painéis em que importantes players da indústria de Fintech e Compliance discutam meios possíveis, dentro das regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), de reforçar a segurança dos cadastros de usuários e evitar a escalada de fraudes.

Com a condução de Guilherme Terrengui, head de desenvolvimento de negócios da Sumsub para a América Latina e Ibéria, o painel contou com Marcelo Munhoz (Paybrokers), Luiza Vilas Boas (SmartFastPay) e Alexandre Pinto (Pismo). No centro do debate, a escalada de tentativas de fraudes, que vêm se sofisticando na mesma medida dos avanços tecnológicos. Segundo o “fraudômetro”, ferramenta criada pelo Serasa Experian para contar tentativas de fraude em tempo real, somente de janeiro a setembro deste ano, o Brasil registrou mais de sete milhões de tentativas de fraude

Alexandre Pinto avalia que o Brasil vive uma nova realidade depois da implantação do Pix (pagamento instantâneo brasileiro). “O Pix não substituiu a TED (transferência eletrônica disponível). Ele criou um mercado novo, sendo responsável pela inclusão financeira de milhões de brasileiros”, diz o executivo. Hoje em dia, o pagamento instantâneo é usado por mais de 700 instituições financeiras e por 80% dos brasileiros adultos, promovendo uma inclusão financeira no Brasil sem precedentes. “Houve uma enorme mudança de comportamento. Se, antes, eram realizadas entre quatro e cinco milhões de TEDs diariamente, com o pix já se chegou a 163 milhões de pagamentos num só dia”.

Para Luiza Vilas Boas, a nova realidade financeira do Brasil e do mundo impõe alguns desafios, já que a velocidade das operações acaba facilitando a ocultação do dinheiro. “As contas digitais podem ser utilizadas no processo de ocultação de operações fraudulentas, até porque o dinheiro muitas vezes já está dentro do sistema financeiro, ao contrário dos depósitos atípicos ou retiradas em espécie. Isso nos leva a um novo degrau de segurança que precisa ser escalado”, diz a advogada.

“O KYC (conheça-seu-cliente, do inglês know-your-client) não se encerra mais no onboarding dos clientes”, afirma Guilherme Terrengui. “É preciso não só garantir que o usuário é quem diz ser – o que acontece durante a verificação dos documentos de identidade em diversas listagens de bancos e instituições governamentais, entre outras. Cada vez mais, é preciso ter visibilidade contínua do cliente, monitorando toda a sua jornada online, e contar com o aprendizado de máquinas (machine learning) para detectar qualquer variação de comportamento que indique possibilidade de algum delito.”

Terrengui afirma que, além do KYC, é fundamental contar com um bom KYB (conheça-seu-negócio, do inglês know-your-business), com o monitoramento das transações e principalmente com mecanismos de prevenção a fraudes. “Com a plataforma de ciclo completo, não importa quantos usuários virão ao mesmo tempo. Todos serão verificados no menor tempo possível”, diz o head de negócios.

Um estudo empreendido anonimamente pela Forrester com quatro clientes empresariais da Sumsub apontou para um ROI (retorno de investimento) de 240% em menos de seis meses e para um lucro de US$ 1,1 milhão devido a clientes adicionais integrados. Todo esse conhecimento aprofundado em São Paulo segue agora para outros países da América Latina.

Fontes: Guilherme Terrengui (Sumsub), Marcelo Munhoz (Paybrokers), Luiza Vilas Boas (SmartFastPay) e Alexandre Pinto (Pismo).