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Nobel de Medicina vai para dois pesquisadores da vacina mRNA

A húngara Katalin Kariko e o americano Drew Weissman fizeram descobertas sobre o RNA mensageiro que permitiram o rápido desenvolvimento de imunizantes eficazes.

A pesquisadora húngara Katalin Kariko e seu colega americano Drew Weissman são os vencedores da edição 2023 do Prêmio Nobel de Medicina por seu trabalho no desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiro (mRNA) contra a covid-19. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (02/10) pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo.

A tecnologia mRNA abriu o caminho para o desenvolvimento das vacinas produzidas pela BionNTech/Pfizer e pela Moderna, e é promissora para a criação de vacinas e tratamentos contra outras doenças, inclusive contra o câncer.

Kariko e Weissman foram premiados, de acordo com o Comitê do Prêmio Nobel, “por suas descobertas sobre as mudanças nas nucleobases que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes de mRNA contra a covid-19”.

Por meio de seus “resultados inovadores”, os dois pesquisadores “contribuíram para o ritmo sem precedentes do desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”, argumentou o comite.

A premiação em dinheiro teve um aumento neste ano de 1 milhão de coroas suecas, para 11 milhões de coroas suecas – cerca de 950 mil euros, ou 1 milhão de dólares.

Considerado o prêmio de maior prestígio em diversas áreas científicas, o Prêmio Nobel já foi entregue 113 vezes desde 1901 na categoria Fisiologia ou Medicina. Kariko, porém, é apenas a 12ª mulher a receber o prêmio entre 225 cientistas premiados.

No ano passado, o Nobel de Medicina foi concedido ao cientista sueco Svante Paabo por descobertas sobre a evolução humana que desvendaram os segredos do DNA de Neandertal, o que forneceu informações importantes sobre o sistema imunológico humano, incluindo a vulnerabilidade a casos graves de coronavírus.

Premiação ocorrerá em dezembro

O Prêmio Nobel é assim chamado devido ao químico sueco Alfred Nobel (1833-1896), que em 1867 inventou a dinamite e, por meio de um testamento, doou a maior parte da sua fortuna para a prestação de serviços valiosos à humanidade.

A premiação se destina a homenagear pesquisadores, cientistas, escritores e personalidades em seis categorias: medicina, física, química, economia, literatura e paz.

São agraciados aqueles que demonstraram maior benefício à população mundial no ano anterior – as instituições que concedem os prêmios, no entanto, nem sempre focam nesse exato período.

As premiações são tradicionalmente entregues em 10 de dezembro, aniversário da morte de Nobel.