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Queda de avião em Barcelos: o que sabemos sobre o acidente aéreo que matou 14 pessoas no AM

Avião modelo Embraer EMB-110 “Bandeirante” levava 12 turistas a bordo, além de piloto e copiloto; autoridades investigam ocorrência

Uma aeronave de porte médio caiu na cidade de Barcelos, no interior do Amazonas, na tarde de sábado (16), deixando 14 mortos. O Embraer EMB-110 “Bandeirante” levava 12 turistas a bordo, além de piloto e copiloto.

A queda ocorreu por volta das 15h (de Brasília) quando o avião tentava pousar na cidade, que fica a cerca de 400 km da capital do estado, Manaus, de onde a aeronave partiu. Chovia forte na ocasião.

O que sabemos sobre o acidente

Os passageiros da aeronave saíram de Manaus com destino a Barcelos para praticar pesca recreativa. Em entrevista à CNN, o prefeito de Barcelos, Edson de Paula Rodrigues Mendes, informou que o avião foi fretado por um empresário que atua no setor de pesca esportiva na cidade.

O Embraer EMB-110 “Bandeirante” de matrícula PT-SOG pertencia à empresa Manaus Aerotáxi e, segundo consulta no portal da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), tinha permissão para operar normalmente. Em nota, a empresa lamentou o acidente e se colocou à disposição das autoridades para esclarecer o episódio.

Ainda conforme explicou o prefeito, os passageiros eram amigos de Brasília, São Paulo e Minas Gerais, todos praticantes de pesca esportiva e que frequentavam a cidade há muitos anos. As vítimas devem ter os corpos levados para Manaus neste domingo (17).

“Todos eles já eram acostumados na pesca esportiva em Barcelos. Alguns deles já pescavam na cidade há praticamente 20 anos”, contou Edson Mendes.

Nesta manhã, a Defesa Civil confirmou os nomes dos passageiros. Além do piloto Leandro Souza e do copiloto Fernando Galvão, estavam a bordo: Euri Paulo dos Santos; Fabio Campos Assis; Fabio Ribeiro; Gilcresio Salvador Medeiros; Guilherme Boaventura Rabelo; Hamilton Alves Reis; Heudes Freitas; Luiz Carlos Cavalcante Garcia; Marcos de Castro Zica; Renato Souza de Assis; Roland Montenegro Costa; e Witter Ferreira de Faria.

No momento da queda do avião, por volta das 15h (de Brasília), chovia forte em Barcelos, de acordo com a Defesa Civil do Amazonas. Outros aviões chegaram a cancelar pousos no aeroporto da cidade, segundo o prefeito do município.

“Chova muito na cidade, um temporal fora dos padrões para a região. Duas aeronaves tinham desistido de pousar [no aeroporto da cidade], abortaram o procedimento e retornaram para Manaus”, relatou Edson Mendes.

Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), foram acionados ainda na tarde de sábado para atuar no local do acidente.

Em nota, o órgão declarou: “O Cenipa tem o objetivo de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.

Em entrevista à CNN neste domingo (17), Roberto Peterka, especialista em segurança de voo, reiterou que as condições climáticas podem ter influenciado a queda da aeronave.

“Todas as possibilidades estão em aberto, porém, a meteorologia, as condições que estavam imperando ali no aeroporto, indicam que ele posou com vento forte de cauda, ao invés de pousar contra o vento. Daí, não teve pista suficiente para parar e ultrapassou seus limites, colidindo com o morro”, disse Peterka.

Com informações da CNN