Em nota de reparação, o promotor disse que “jamais teve intenção de ofender ou menosprezar” a advogada
A Corregedoria-Geral do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) instaurou uma reclamação disciplinar com o objetivo de apurar a conduta do promotor de justiça Walber Luísa da Silva Nascimento, acusado de comparar uma advogada criminalista Catharina Estrella a uma cadela durante um julgamento em Manaus.
Em vídeo gravado pela própria advogada, o promotor afirma durante o discurso em plenário do Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis,: “compará-la, Vossa Excelência, a uma cadela, de fato é muito ofensivo, mas não a Vossa Excelência, à cadela”. Em seguida, Estrella pede pela ordem durante a sessão de julgamento na quarta-feira (13). A declaração do promotor gerou protestos de advogados.
Em nota, o MP-AM reiterou total respeito à advogada e o compromisso com a defesa dos direitos da sociedade, em especial das mulheres e advogadas do estado.
A Associação Brasileira de Advogados Criminalistas (Abracrim) pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) o afastamento do promotor de Justiça do tribunal do Júri enquanto durar as investigações.
Reparação
Walber Nascimento publicou, na quinta-feira (14), em sua rede social uma nota de retratação em razão do episódio. Na nota, ele disse que “jamais teve intenção de ofender ou menosprezar” a advogada.
“O promotor de Justiça, ciente da importância do respeito nas relações no âmbito jurídico, afirma, categoricamente, que jamais teve a intenção de ofender ou menosprezar as advogadas presentes e especialmante, a advogada Drª Catharina Estrella, profissional por quem nutre apreço, admiração e respeito, declarados inclusive na abertura de sua manifestação na sessão do dia 12/09/2023, bem como a todos os demais membros da advocacia”, consta na nota.
Com informações do Toda Hora
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