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Festival Amazonas de Dança lança programação neste sábado

FOTOS: Tayná Satere (10º FAD Um Só Corpo, de Miguel Maia), Arquivo/Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Balé Folclórico), Leandro Santana (Guilherme Gil) e Dirley Duarte (Divulgação/Arquivo pessoal)

Cerimônia de abertura acontece no Teatro Amazonas, com acesso gratuito

A programação do 11º Festival Amazonas de Dança inicia neste sábado (26/08), às 20h, no palco do Teatro Amazonas, com acesso gratuito. A cerimônia de abertura apresenta os espetáculos “Catraieiros”, do Balé Folclórico; “Saga Cabocla”, da Cia Monica Seffair; e “A Temporada de Ganga”, de Patrick Hernandes de Souza Assunção; além da homenagem a nomes que são referência na dança, como Adalto Guilherme Xavier Gil, Miguel Maia e Dirley Duarte.

Suelen Siqueira, membro da comissão organizadora, explica que o festival contempla, todos os anos, profissionais que contribuíram para a divulgação e valorização da dança no cenário cultural do estado. Ela adianta que as homenagens vão ser transmitidas pelo Instagram do FAD (@festivalamazonasdanca), com tradução em Libras.

“Desta vez, na edição que celebra 50 anos do Hip Hop, o FAD destaca dois artistas que são precursores dessa linguagem no Amazonas, Miguel Maia e Dirley Duarte”, comenta a coordenadora de eventos. “Guilherme Gil tem um trabalho importante na dança e nos concedeu o único livro publicado, ‘Dançando conforme a Música’, que resgata memórias essenciais para a nossa classe artística”, enaltece Suelen.

“Dançando Conforme a Música” é de 2002, uma obra pioneira, publicada pela Editora Valer, sobre a história do movimento artístico de dança em Manaus.

Reconhecimento

Dirley Duarte, conhecido como Maiko DMD, iniciou a trajetória em 1983, no Street Dance. Um dos fundadores do Movimento Hip Hop no Amazonas, em 1994, ele ganhou notoriedade na cena com o primeiro projeto de Hip Hop na escola, na zona leste de Manaus.

“Eu me sinto muito honrado. Para mim, é uma grande satisfação representar a cultura Hip Hop”, afirma DMD.

Miguel Maia conta que conheceu a dança em 1988, com o grupo Detroit Break, que o incentivou a se desenvolver na arte com 30% de coordenação motora. Hoje, ele é integrante do grupo DD Tankers e, no FAD do ano passado, apresentou e assinou a direção geral do espetáculo “Um Só Corpo”.

“Mesmo numa cadeira de rodas, sempre fui ativo no movimento Hip Hop como Mc, Popping, Beat Box, técnico em turismo informativo e técnico em movimentos repetitivos sobre exercícios. São 30 anos dentro da dança”, comenta o representante de danças urbanas. “Esse reconhecimento me emociona, é o reconhecimento de uma vida toda, porque eu sempre quis mostrar a minha arte na cultura Hip Hop”, declara Maia.

Adalto Guilherme Xavier Gil é jornalista, formado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em 1996, e atuou nos principais veículos de imprensa, agências de publicidade e assessorias de comunicação no estado. É professor de língua inglesa, tradutor, intérprete e escritor, ele é autor de obras acadêmicas e literárias.

Na área cultural, participou como bailarino e coreógrafo do Grupo de Teatro e Dança Jurupari (1985 a 1989), Ballet da Cidade (1986), Grupo Experimental de Dança do Teatro Amazonas (1986 a 1987), Grupo Experimental de Dança da Faculdade de Educação Física (Gedef) (1991 a 1994) e Balé Habeas Corpus (1994 a 2000).

“Eu fiquei feliz com a indicação do meu nome para ser homenageado neste 11° FAD. Fiquei feliz quando soube que eu recebi o maior número de votação. Isso significa que a categoria tem um carinho e uma admiração especial por mim, pelo meu trabalho artístico e pelo que eu fiz pela dança como jornalista também, divulgando matérias de páginas inteiras nos cadernos de cultura dos jornais de Manaus”, afirma Guilherme Gil. “E também gostei, especialmente, porque no Brasil existe uma cultura de homenagear pessoas somente depois que elas falecem. Então é uma alegria ser reconhecido e lembrado ainda em vida”, ressalta Gil.

Atividades

A programação do FAD segue até 2 de setembro, com apresentações em centros de convivência, no Palacete Provincial, no Teatro da Instalação, no Teatro Gebes Medeiros e nos municípios de Iranduba e Urucurituba. O encerramento vai ocupar o Largo de São Sebastião, no Centro.

O Festival Amazonas de Dança é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), com coprodução do Fórum Permanente de Dança do Amazonas (FPDAM).

A Comissão Organizadora da 11ª edição conta com Thays Auzier, Rosana Brito, Suelen Siqueira, Magno Fre’sil e Drika Oliveira, além de Denis Carvalho como representante da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Renata Correia pela AADC.

Com informações da assessoria.