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Estudantes de TI têm alto índice de abandono da universidade

Cerca de 60% dos alunos dos cursos como ciência da computação, design de games ou sistema de informação não se formam.

A pesquisa Mapa do Ensino Superior no Brasil, produzido pelo Instituto SEMESP aponta que 6 em cada 10 alunos das áreas de tecnologia abandonam a faculdade antes de se formarem. Cursos como ciência da computação, design de games e sistema de informações são os mais afetados

De acordo com análise do próprio estudo, a alta demanda por mão de obra e currículo defasado das universidades podem ser fatores que desestimulem jovens a terminarem a faculdade na área de TI. Ainda conforme a análise, para serem mais chamativos, os cursos de TI deveriam firmar parcerias e convênios com empresas de tecnologia para levar toda a teoria da sala de aula para a prática, incluindo as demandas do mercado nos currículos.

As próprias empresas têm interesse em fazer uma abordagem antecipada a esses jovens, lapidando conhecimento com foco no core business do negócio: “realmente há uma grande necessidade de mão de obra especializada no segmento de tecnologia e estamos com frequentes programas de estágio e capacitação para trazer os jovens que têm interesse na área logo para dentro da empresa. Estando aqui, além de aprender na prática, eles têm acesso a microcertificações, cursos e ainda um grupo de pessoas especialistas, com anos de experiência no mercado e que podem ser ótimos tutores de carreira”, comenta Marcelle Nascimento, líder de Pessoas e Gestão na SMAR APD, empresa de tecnologia que desenvolve softwares para a gestão de órgãos públicos em todo o país.

No mercado há mais de 40 anos, esta empresa de Ribeirão Preto vem acompanhando de perto a acelerada evolução tecnológica ao longo das últimas décadas e já desenvolveu várias táticas para atração de talentos e interessados em tecnologia. Um dos seus programas de estágio capacita jovens universitários ao longo de doze meses. Os selecionados passam inicialmente pela parte didática, aprendendo na prática a funcionalidade de várias ferramentas de programação utilizadas no mercado e da regra de negócio no setor público, e depois vão evoluindo para projetos da empresa, simulando o dia a dia do negócio. A proposta do programa é capacitar os estagiários antes de serem contratados definitivamente pela empresa.

Antes mesmo de se tornarem universitários, a SMAR APD já tem uma forma de abordar jovens interessados em tecnologia que estão no Ensino Médio, através do investimento em educação transformadora do Projeto Kick, que realiza cursos de linguagem de programação para jovens, a partir dos 16 anos e que estudaram na rede pública. “Estamos sempre contratando e precisamos desenvolver programas de capacitação interna para formarmos este time jovem que vem chegando ao mercado de trabalho”, comenta Alice Alves, recrutadora da SMAR APD. 

A fala de Alves, corrobora com a recente pesquisa divulgada pelo Google, que mostrou que o Brasil terá um déficit de 530 mil profissionais de tecnologia da informação até 2025. O relatório da gigante mundial de tecnologia aponta também que o mercado de TI brasileiro desenvolve poucos profissionais seniores, aumentando o déficit de pessoas com experiência.

Para Alves, outro desafio considerável é o desenvolvimento das habilidades comportamentais (soft skills), tais como: trabalhar em equipe, lidar com os desafios no trabalho, negociação e comunicação. “O jovem pode até ter excelentes notas na faculdade de tecnologia, mas se não houver desenvolvimento das softskills se torna um profissional estritamente técnico. Pode ser um ótimo programador e executor de sistemas, mas as empresas começam a ter outros tipos de desafios internos, precisando criar mecanismos para envolver essas pessoas na cultura e engajar com outras equipes”, finaliza Alves.  

Mais informações sobre os programas de Estágio e atração de talentos estão disponíveis em www.smarapd.com.br.