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Projeto Euroclima+ leva inovação para dentro da floresta unindo startups e negócios comunitários 

Ainda neste ano, pelo menos uma solução proposta pelas participantes sai do papel para beneficiar pequenas empresas e cooperativas locais da região amazônica

Uma iniciativa que une startups que trabalham com soluções inovadoras para a bioeconomia e negócios comunitários localizados na Amazônia, o projeto Euroclima+ Bioeconomia Amazônia avança para novas etapas representando um passo importante para a conservação e competitividade da floresta em pé. O projeto é financiado pela GIZ, organização alemã de cooperação técnica para a promoção do desenvolvimento sustentável e executado pela Fundação CERTI e Conexsus. Do encontro nasceram propostas para geração de energia verde, logística, melhorias do processo produtivo e desenvolvimento de novos produtos e, ainda neste ano, pelo menos uma solução apresentada pelas startups participantes será financiada e sairá do papel para beneficiar os negócios comunitários da região amazônica.

Com uma abordagem colaborativa e inovadora, a principal meta é conectar empreendimentos comunitários e startups para impulsionar o desenvolvimento das cadeias produtivas. “A partir das soluções inovadoras geradas desse encontro, queremos aumentar a renda das comunidades e a capacidade de atender a demanda por insumos provenientes da floresta”, explica o gerente de projetos da Fundação CERTI, André Noronha. A ação tem apoio da GIZ no âmbito do Euroclima+, programa da União Europeia para a sustentabilidade ambiental e mudanças climáticas na América Latina, em colaboração com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do governo brasileiro.

Ao longo de 2022 foi desenvolvida a metodologia que é a base de todo o processo de aproximação entre as startups e os negócios comunitários. Ao final do ano, foram pré-selecionadas 40 potenciais startups pela Fundação CERTI, do portfólio do programa Sinergia, da Jornada Amazônia, e destas 10 avançaram para a participação em ações de capacitação e troca de experiências. A Conexsus então selecionou os negócios que poderiam se conectar com as startups e a partir disso foram realizadas duas viagens de imersão no Pará para fomentar a colaboração. As startups tiveram a oportunidade de aprofundar a compreensão dos desafios e limitantes enfrentados pelos negócios comunitários 

As empresas escolhidas atuam no segmento de alimentos e bebidas, cosméticos, energia sustentável, restauração de áreas degradadas, agroflorestas e embarcações elétricas. Enquanto os negócios são comunidades agroextrativistas e de processamento de produtos da biodiversidade amazônica, como extração de óleos e manteigas e que produzem e comercializam produtos de origem vegetal, como polpas de frutas, farinhas e derivados. A partir da integração entre startups e pequenas empresas e cooperativas, o objetivo foi propor soluções e tecnologias inovadoras para impulsionar o crescimento desses empreendimentos comunitários. No total, foram apresentadas 10 soluções. Entre elas, ao menos uma solução será selecionada para receber financiamento e ter seu protótipo desenvolvido ainda este ano.

“Ao oportunizar uma troca entre negócios comunitários e startups sobre as realidades e problemas enfrentados por esses negócios, assim como potenciais soluções, a imersão promoveu uma ativação do ecossistema de inovação local”, avalia Paula Moreira, da equipe de acesso a mercado da Conexsus. “O encontro se propôs a criar novas combinações e interações entre atores de mercado, que têm uma experiência maior com inovação, e os negócios comunitários, que são a base da cadeia produtiva”, acrescenta André Noronha, gerente da CERTI. Até agora, participaram os negócios comunitários AMA, ACOSPER, CAEPIM, CART, COFRUTA, COOPBOA, COOPAFS, COOPAFLORA, COFAM e CCAMPO; e as startups 100% Amazônia, Amazon Doors, Amazônia Smart Food, Apoena, Biomimética Biotecnologia, Courageous Land, DCO Sustentável, Katu Tecnologias Sustentáveis, Restauragro e Solalis.