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Produção de vinhos brasileiros retoma técnicas tradicionais

Levantamento coloca país entre os 5 maiores produtores do hemisfério sul e especialista aponta que práticas ancestrais ainda integram fabricação da bebida

Sendo uma das bebidas mais antigas do mundo, o vinho apresenta um cenário positivo no Brasil. Segundo dados do portal Vinho Brasileiro, o país está entre os 5 maiores produtores de vinho do hemisfério sul, sendo produzido cerca de 700 milhões de quilos de uva ao ano.

São mais de mil vinícolas e de 50 mil famílias envolvidas na viticultura. O consumo brasileiro é de cerca de 2,7 litros per capita/ano. Diante dos dados, é possível constatar que os processos de produção aplicados na indústria de vinhos tornam o cenário positivo. Entre as técnicas que integram os processos de produção há diferentes métodos que influenciam na qualidade da bebida e para quais públicos ela é direcionada. Mesmo com a modernização de maquinários e tecnologias digitais, ainda há espaço para as práticas tidas como tradicionais.

Brunno Magnavita, fundador da loja virtual Elite Vinho, que oferece variedade de rótulos das mais variadas regiões do mundo, destaca que técnicas antigas estão sendo reavivadas por produtores atuais.  A vinificação natural, por exemplo, consiste em uma produção com mínimas intervenções, tanto no vinhedo quanto na adega, evitando a adição de químicos. “Esse método também é conhecido por utilizar técnicas tradicionais de fermentação selvagem, que eram comuns antes do advento das leveduras de vinho cultivadas”, complementa.

Outra prática resgatada da antiguidade é o uso de ânforas, espécie de vaso de cerâmica cuja porosidade permite que o vinho “respire” melhor. A fermentação e a maturação em ânforas remontam ao Império Romano. “Algumas vinícolas modernas estão revivendo essa técnica, valorizando a micro-oxigenação que esses recipientes proporcionam”, afirma Magnavita.

Novas tecnologias e tradição

Além disso, é possível mesclar técnicas antigas com novas tecnologias, por exemplo, o que resulta na criação de vinhos únicos e distintos. “O uso de tecnologia de sensoriamento remoto e análise de dados na viticultura pode auxiliar a monitorar a saúde da videira e a otimizar a irrigação, sem alterar as técnicas tradicionais”, exemplifica.

Em relação à quantidade de produção de vinhos ao longo dos anos, é possível notar um aumento de mais 400 milhões de toneladas de uvas produzidas no país, segundo amostra da Embrapa. Além disso, do total de produção anual, 50% do volume é destinado a produção de vinhos, sucos de uva e outros destilados, sendo 42% para os vinhos de mesa do total de produtos industrializados. 

O fundador da Elite Vinho ainda ressalta a crescente preocupação da indústria do vinho com a sustentabilidade, enfatizando que produtores de diversas partes do mundo estão buscando caminhos para minimizar o impacto ambiental de sua produção, por meio do cultivo orgânico ou biodinâmico, da utilização de energia renovável ou da redução do uso de água no processo.

“Essas práticas, embora modernas em sua abordagem, estão, em muitos aspectos, retomando o respeito pelo terroir e pelo equilíbrio com a natureza, que são fundamentais na tradição vinícola”, conclui Magnavita.

Para saber mais, basta acessar www.elitevinho.com.br