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Política

Lula e o centrão: os ministros e ministérios inegociáveis

Ricardo Stuckert

Aliados e integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consideram que onze dos 37 ministérios são inegociáveis, ou seja, que ele não abriria mão para partidos do centrão.

Entre os ministérios inegociáveis estão:

  • Casa Civil
  • Fazenda
  • Relações Exteriores
  • Defesa
  • Justiça
  • Segurança Pública
  • Educação
  • Saúde
  • Trabalho e Previdência Social
  • Ação Social

Os partidos do centrão, como o Democratas (DEM), o PSDB e o PP, têm pressionado o governo para ganhar mais ministérios. No entanto, o governo do PT tem resistido às pressões, argumentando que precisa garantir a governabilidade e a estabilidade do país.

Ainda não está claro como será a negociação entre o governo e os partidos do centrão. No entanto, é provável que o governo do PT abra mão de alguns ministérios para os partidos do centrão, em troca de apoio político.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi agredido verbalmente em um aeroporto em Roma, na Itália, nesta sexta-feira, quando voltava de uma palestra que ministrou na Universidade de Siena. Na ocasião, ele foi abordado por três brasileiros no setor de embarque. Além de Moraes, seu filho também teria sido alvo de ataques. A Polícia Federal investiga o caso e deve concluir as oitivas nesta segunda-feira.

Além do Ministério do Desenvolvimento Social e da Saúde, que o petista já afirmou que “são seus”, aliados de primeira hora de Lula acreditam que ele manterá sob sua tutela direta as pastas da Casa Civil, Secretaria Geral, Relações Institucionais, Secretaria de Comunicação Social (Secom), Fazenda, Planejamento, Gestão e Inovação, Educação e Justiça.


O número de ministros vistos por membros da cúpula do governo como “indemissíveis” pelo presidente é similar. Lula disse abertamente que a chefe da pasta da Saúde, Nísia Trindade, é “ministra dele”.

Neste mesmo patamar estão Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secom), e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) por serem considerados de sua cota pessoal.

Outro grupo tido como inegociável é composto por nomes vistos como símbolos do governo e que gerariam grande desgaste se fossem trocados. Eles são Marina Silva (Meio Ambiente), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Silvio Almeida (Direitos Humanos) e Simone Tebet (Planejamento).

Como informou a coluna, o ministro da Justiça, Flávio Dino está em alta com Lula, mas não é apontado por aliados e auxiliares do presidente como “indemissível”.

De O Globo.