Com o aumento de 26% no preço das passagens aéreas em relação à pré-pandemia e a perspectiva de que os preços concedidos altos para os consumidores em geral neste ano, a notícia sobre o programa “Voa, Brasil” trouxe esperança para aqueles que desejavam ou precisam viajar de avião, já que prometia passagens mais acessíveis. No entanto, parece que essa boa notícia pode demorar mais do que o previsto, ou talvez nem se concretize. O motivo para isso é que o governo federal ainda não recebeu detalhes sobre o projeto do Ministério de Portos e Aeroportos, conforme afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
No fim de semana, durante uma entrevista, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou um novo programa do governo que permitirá a compra de passagens aéreas por R$ 200 para aposentados, estudantes que tenham Fies (Financiamento Estudantil) e servidores públicos com renda de até R$ 6,8 mil. Ele estimou que seriam residentes 12 milhões de passagens aéreas aéreas. A proposta consiste em adquirir assentos vazios nas aeronaves durante os meses de menor demanda para oferecer bilhetes com preços mais baixos. No entanto, o anúncio causador de desconforto no governo, pois não foi devidamente discutido com a Casa Civil antes de ser divulgado à imprensa.
Durante uma reunião semanal com os ministros, o presidente Lula repreendeu publicamente, embora sem mencionar casos específicos, destacando que os autores de “ideias geniais” precisam tomar-las para criar ações de governo, e não de ministros. Ele enfatizou a importância de que nenhum ministro faça anúncios públicos de políticas sem ter o acordo da Casa Civil, pois é ela quem deve fazer com que as propostas sejam do governo como um todo. Rui Costa garantiu essa mensagem após a reunião, salientando a necessidade de que os anúncios sejam feitos pelo governo como um todo, em vez de pelos ministérios, e que todas as propostas dos ministros devem ser transformadas em propostas de governo, sendo conhecidas por todos.
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, forneceu mais detalhes sobre o programa de passagens aéreas por R$ 200. Segundo ele, o programa aproveitaria 20% dos assentos ociosos em voos regulares durante a baixa temporada. A Caixa e o Banco do Brasil seriam responsáveis por oferecer o financiamento do bilhete por meio de um tipo de crédito consignado. As companhias aéreas estariam carregadas de disponibilizar esses assentos adicionais em seu site, destacando o programa “Voa, Brasil”, onde os passageiros elegíveis poderiam ser identificados pelo CPF.
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