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Educação

Chega de dúvidas: 6 dicas de gramática para nunca mais errar

A child practicing cursive writing in English

Levantamentos recentes publicados pela rede social LinkedIn demonstram que a comunicação é a soft skill mais procurada pelas empresas em seus processos seletivos, atualmente. Unindo a fala à escrita, a habilidade comunicativa se destaca frente a outras demandas preponderantes do mercado como liderança, visão de negócios e pensamento criativo.

Nesse sentido, apesar da fala ser mais facilmente dominada, é na escrita que muitos profissionais podem perder a vaga dos sonhos. Isso porque, quando falamos, uma série de fatores ajudam o interlocutor a entender a mensagem — como o tom da voz, os gestos e a expressão facial — e caso haja algum ruído, basta perguntar ou pedir para que a pessoa repita. Na escrita, porém, não podemos contar com esses recursos e por isso, ela deve ser clara para que a comunicação se estabeleça de forma plena. 

Para te ajudar a dar mais um passo em direção a ter uma escrita 100%, sem dúvidas ou incertezas, a Refuturiza, plataforma pioneira em empregabilidade e educação, traz seis das principais dicas da Língua Portuguesa, confira quais são elas:

  • A gente x agente

No português do Brasil, comumente, usamos a expressão “a gente” em lugar do “nós”, na comunicação do dia a dia. No entanto, é importante não se confundir na hora da escrita:

=> Escrevemos “agente”, junto, quando nos referimos à profissão: agente de polícia, agente federal, agente comunitário etc.

=> Já a forma separada, “a gente”, é a que usamos como sinônimo do pronome: a gente gosta de comida baiana; ele não é como a gente etc.

  • Há e a

Outra dúvida comum é sobre quando usar o “a” e o “há” nas frases escritas. Para não errar, basta lembrar:

=> Quando queremos falar sobre um tempo que já passou, devemos usar a forma “há”, como no exemplo: há 5 dias, não para de chover.

=> Já para falar de um tempo que ainda virá, usamos o “a”: vou ao cinema daqui a 3 dias.

  • Porque, por que, porquê e por quê

No casos dos porquês, não tem quem já não tenha feito confusão, mas o uso é mais simples do que parece, confira:

=> Por que: deve ser usado em perguntas (ainda que implícitas). Ex.: Por que você não foi à aula?

=> Porque: é usado em respostas e justificativas. Ex.: Não fui à aula porque fiquei doente.

=> Porquê: é um substantivo, por isso vem acompanhado do artigo “o”. Ex.: Explique o porquê de você não ter ido à aula.

=> Por quê: apenas quando aparece no final da frase. Ex.: Vi que você não foi à aula. Por quê?

  • Haver x a ver

Entre os erros mais comuns cometidos na hora da escrita está a confusão entre o uso do verbo “haver” e da expressão “a ver”. Para não cair nessa, basta lembrar:

=> Quando queremos falar que algo é inapropriado ou não faz sentido, devemos usar a expressão “a ver”. Ex.:Essa roupa não tem nada a ver com a ocasião.

=> Já o verbo “haver”, normalmente, aparece como sinônimo de existir. Ex.: Deve haver algum problema para ela não ter vindo à aula.

  • Perda x perca

Essa dica vale tanto para escrita, quanto para a fala, já que a confusão entre as palavras é comum em ambas ocasiões. 

=>A palavra “perda” é um substantivo que fala sobre o cancelamento ou privação de algo. Ex.: Conversar com você é perda de tempo.

=>A palavra “perca”, por sua vez, é uma flexão do verbo perder. Ex.: Não quero que você perca o seu casaco.

  • “Menas” 

Apesar de ser muito comumente utilizada, a palavra “menas” não existe. Isso porque trata-se de um advérbio e, como tal, não deve ser flexionado. Assim, não importa o contexto, a forma correta sempre será “menos”.Ex.: Ela foi ao médico menos vezes do que eu.