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Nova regra fiscal terá piso para investimentos e exclui Fundeb de limite para gastos; entenda

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante anúncio de ministros no CCBB Brasília.

O ministério da Fazenda acaba de divulgar os parâmetros do novo arcabouço fiscal do governo. A nova regra vai prever uma banda para o crescimento real das despesas primárias, ou seja, tudo o que é gasto pelo governo sem contar o pagamento de juros. Recursos para a educação, como os do Fundeb, e para a saúde, como o pagamento do piso da enfermagem, serão excluídos dessa regra.

Entenda, abaixo, os principais pontos da nova regra fiscal do governo:

  1. Investimentos: Haverá um piso para os aportes em investimentos.
  2. Trava para gastos: As despesas do governo deverão crescer abaixo da expansão das receitas. Os gatos só poderão subir o equivalente a até 70% da variação da receita dos últimos 12 meses.
  3. Gastos: Haverá uma banda para o crescimento real das despesas, entre 0,6% a 2,5% ao ano. O objetivo é criar um mecanismo anticíclico. Ou seja, em momentos de economia mais fraca, o gasto seria maior.
  4. Educação e saúde: Investimentos em educação, especificamente no Fundeb, ficarão de fora do limite para gastos, porque já preveem vinculação constitucional. Os gastos com o novo piso de enfermagem também serão excluídos da trava nos gastos.
  5. Resultado primário: As contas públicas terão uma meta de voltarem ao azul em 2024. A previsão, para este ano, é de um déficit primário (receitas menos despesas, descontando o pagamento de juros da dívida púbica) de 0,5% do PIB. Em 2024, este déficit ficaria zerado. E, em 2025, haveria um superávit de 0,5% do PIB.
  6. Bandas: Essas metas de resultado primário seriam cumpridas dentro de bandas. Para este ano, a margem é de um déficit entre 0,25% do PIB e 0,75% do PIB.
  7. Margem para investir: Se as contas públicas tiverem um resultado superior ao previsto na meta, este excedente será direcionado a investimentos.
  8. Trava: Se, por outro lado, o resultado primário das contas públicas ficar abaixo da meta, o governo é obrigado a reduzir as despesas para no máximo 50% da expansão da receita no ano seguinte.

Com informações de O Globo.