A Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) do Governo do Amazonas realiza a manutenção do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais no entorno do Igarapé do Mestre Chico, zona sul de Manaus. As obras, que também têm caráter preventivo, permitirão, entre outras melhorias, a recuperação da capacidade de drenagem das redes e galerias, com limpeza, desassoreamento, reparo das tubulações e recomposição dos canais danificados.
Construída há mais de dez anos pelo antigo Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin), a galeria Mestre Chico passa por sua primeira manutenção. Será realizado, ainda, um trabalho de educação ambiental com a comunidade do entorno, por conta da grande quantidade de lixo e sedimentos acumulados.
Realizado por uma equipe de especialistas, os serviços na rede de drenagem iniciaram esta semana com uma inspeção técnica na galeria. A equipe já percorreu a avenida Tarumã e segue por toda extensão da rede de drenagem até a rua Ipixuna, no residencial Mestre Chico.
De acordo com o coordenador executivo da UGPE, engenheiro civil Marcellus Campêlo, cerca de dois quilômetros de rede de drenagem estão sendo inspecionados. O objetivo é produzir um diagnóstico dos pontos críticos de assoreamento e obstrução da rede causada pelo acúmulo de lixo e sedimentos. “A manutenção é necessária, pois há muito lixo e sedimento acumulados ao longo das galerias”, observa o coordenador.
É para prevenir situações como estas, segundo ele, que o novo Prosamin+, que está em execução, tem um componente voltado para a manutenção de infraestrutura crítica construída nas etapas anteriores do programa. “É uma forma de o Governo do Amazonas contribuir com a Prefeitura de Manaus na manutenção do sistema de drenagem da cidade, que está comprometido em muitos pontos, como se tem visto nas chuvas atípicas que têm ocorrido no inverno amazônico”.
O subcoordenador de Planejamento da UGPE, Leonardo Barbosa, detalha que o órgão vem atuando em duas frentes nas galerias do Mestre Chico – uma, com a limpeza e a desobstrução das redes de microdrenagem; a outra, na inspeção das galerias de macrodrenagem, em busca de prevenir alagamentos.
Será feita ainda a recuperação e limpeza do canal do igarapé até o desemboque. Reparos já foram feitos no Parque das Araras, onde uma árvore tombou derrubando parte do muro no último temporal.
Segurança e tecnologia
O subcoordenador ambiental da UGPE, Otacílio Cardoso Junior, afirmou que a inspeção das galerias está sendo feita por uma equipe especializada, pois, conforme explica, é um trabalho que exige pessoal capacitado e equipamentos de segurança.
“As galerias são repletas de gases tóxicos, por isso, a inspeção necessita de certo apoio tecnológico para que todas as atividades sejam realizadas em segurança. Além de máscaras e vestimentas que evitam contato com os efluentes, os trabalhadores usam equipamentos para medir a qualidade do ar e a presença de gases tóxicos, assim como rádios de comunicação com ambiente externo, para avisar se o tempo mudar com ameaça de chuva. O objetivo é garantir o máximo de segurança aos trabalhadores”, destaca Otacílio.
Chuvas Atípicas e acima da média
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou um aumento de 43% na média das chuvas previstas para a capital do Amazonas no mês passado. Foi constatado um acumulado de chuvas de 423 milímetros, sendo o mês de fevereiro mais chuvoso dos últimos 12 anos.
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