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Emigração para os EUA: graduados são maioria, diz pesquisa

Levantamento revela que, em 2022, os profissionais brasileiros bateram recorde vivendo nos Estados Unidos

De acordo com dados divulgados em matéria da Exame, 2022 registrou um recorde nos brasileiros graduados que vivem nos Estados Unidos, aumentando em 13 vezes o número de green card americano para brasileiros com nível superior em relação a 2021, sendo concedidos 1.983 vistos EB-1 e EB-2.

Além disso, o relatório “Tendências de petições relacionadas a STEM” revelou que houve um aumento nas aprovações de petições O-1A para profissionais das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) e um crescimento nas aprovações de petições EB-2 da Isenção de Interesse Nacional (NIW) para indivíduos envolvidos em atividades STEM. 

Uma outra reportagem, publicada pela Pew Research Center em 2019 mostrava que os Estados Unidos era o país que mais abrigava imigrantes com ensino superior, registrando, em 2015, quase 15 milhões de imigrantes com 25 anos ou mais vivendo no país com diploma. 

De acordo com a CEO da Study & Work USA, Alessandra Crisanto, os brasileiros empregados de forma legalizada no país despontam entre aqueles que não têm essa permissão. “Começar a trabalhar já na área desejada não é fácil, mas quando o candidato está ligado a uma instituição de ensino superior, tem mais chances de conseguir. A graduação dá o aval necessário para o mercado confiar no candidato”.

A empresária ressalta que estudar em uma instituição de ensino superior americana potencializa o networking dos imigrantes, que passam a ter acesso a professores americanos e estudar com outras pessoas que estão na mesma situação, além do fato das empresas apreciarem profissionais que possuem diplomas. 

“Dados apontam que ter um mestrado aumenta em 33% o salário de um candidato nos EUA. O imigrante que chega aos EUA estudando para alcançar esse grau de instrução tem mais confiança, pois sabe que poderá concorrer às vagas mais qualificadas. Tudo que o brasileiro precisa é de uma oportunidade para mostrar o seu talento”, reforça a especialista.

Desafios do mercado de trabalho

Crisanto aponta que um dos principais desafios enfrentados pelos profissionais em busca de uma oportunidade de trabalho nos EUA é a cultura trabalhista americana. Para a especialista, saber lidar com essa mudança cultural faz toda a diferença na hora de se portar em uma entrevista de emprego.

“É preciso entender o que o entrevistador espera do candidato e ter consciência que as empresas americanas estão mais interessadas no que o colaborador pode trazer de benefício para os negócios”.

Outro aspecto cultural apontado pela especialista diz respeito à preparação para disputar uma vaga de emprego: o currículo. “Algumas informações são proibidas por lei nos Estados Unidos de serem informadas no currículo, como idade, endereço e orientação sexual. É preciso estar atento a estas particularidades.”

De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores, 1,9 milhão de brasileiros viviam nos EUA em 2022, sendo Nova York, Boston e Miami as cidades com as maiores concentrações de comunidades brasileiras em todo o mundo no período. 

Para saber mais, basta acessar: www.alecrisanto.com.br