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Cirurgia robótica acelera a recuperação de pacientes

Técnica pode ser utilizada em próteses de joelho

A primeira cirurgia robótica realizada no Brasil foi em 2008 e de lá para cá o número de procedimentos utilizando a técnica tem aumentado progressivamente em diversas especialidades da medicina. Desde que teve início no país até o fim de 2022 foram realizados cerca de 100 mil procedimentos.

A cirurgia robótica tem se destacado na ortopedia, principalmente, na artroplastia do joelho (prótese do joelho). É uma opção promissora para pacientes com problemas nas articulações do joelho, sobretudo aqueles com artrose, uma condição comum de degeneração das articulações que causa dor intensa e limita os movimentos, afetando a qualidade de vida.

A artrose é um problema prevalente na população mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das pessoas com mais de 65 anos de idade são acometidas pela doença. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são 15 milhões de pessoas.

O médico Fernando Martins Rosa, ortopedista e traumatologista do Hospital VITA, em Curitiba, especialista em cirurgia de joelho, conta que a cirurgia de prótese de joelho é realizada para aliviar os sintomas e restaurar a mobilidade de pessoas com artrose e que o bom posicionamento da prótese é essencial para maior durabilidade da cirurgia, melhor função da nova articulação do paciente e melhora da dor no pós-operatório.

O Dr. Fernando explica ainda que o grande diferencial ao usar a técnica é a precisão da cirurgia que é realizada, a possibilidade de personalização e a redução de complicações. “A cirurgia robótica utiliza sistemas avançados de navegação e imagem que permitem ao cirurgião realizar procedimentos com um nível de precisão inigualável”, ressalta o médico.

Pós-operatório e recuperação 

Quanto ao pós-operatório da cirurgia robótica, o ortopedista esclarece que geralmente ocorre com menos dor e uma reabilitação mais precoce. Sendo necessário por um período – o qual varia de acordo com cada caso/pessoa – contar com auxílio de andador ou muletas para evitar quedas e fisioterapia.

O médico do Hospital VITA, que é Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ), relata ainda que o paciente inicia o retorno às atividades gradativamente, conforme a evolução do caso. “Em algumas ocasiões a recuperação chega a ser 50% mais rápida se comparada às cirurgias tradicionais (abertas)”, destaca.  

A cirurgia robótica 

Os procedimentos com auxílio de robô são realizados por cirurgiões especializados e com curso de capacitação e certificação em cirurgia robótica.

Segundo o Dr. Fernando, atualmente, as cirurgias são executadas com tecnologia de ponta, com um aparelho que é do tamanho de um notebook, em uma torre com câmeras acopladas que fazem a captura da imagem em tempo real, com uma velocidade impressionante de leitura e com uma engenharia de inteligência artificial embutida. “É importante destacar que a plataforma não tem autonomia e não faz nenhum movimento sem o adequado comando do cirurgião no console de controle. É o cirurgião que comanda todos os movimentos e atos do robô”, frisa o ortopedista.