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Economia

Coworking alcança 20 milhões de faturamento em 2023

Com 4 unidades em Porto Alegre e Curitiba, a Flowork saltou de R$1 milhão, em 2017, para R$20 milhões de faturamento em 2023.

Após viagens para pesquisas de tendências nos Estados Unidos e Europa em 2016, Daniel Pocztaruk, Daniel Goldsztein e Lourenço Paiva resolveram abrir um coworking em Porto Alegre. Com investimento de R$1 milhão, a inauguração aconteceu em março de 2017, eram 500 metros quadrados de operação em um bairro nobre da capital gaúcha. De lá para cá, o faturamento anual da Flowork saltou de R$1 milhão, ao final do primeiro ano, para R$20 milhões em 2023.

O potencial do negócio já era visível desde o início. Em 2018 o coworking já ocupava 4 andares do prédio comercial em que está localizado até hoje, chegando a 2 mil metros quadrados de operação.

No ano seguinte a Flowork deu mais um passo, abrindo sua segunda unidade, desta vez em Curitiba, no Paraná, onde atraiu um sócio local, Luís Napoleão, para participar do negócio. Em 2021, Napoleão foi o investidor da primeira rodada de investimentos, ocasião em que a Flowork alcançou valuation de R$25 milhões.

A pandemia gerou mais negócios para o mercado de coworking. As unidades existentes cresceram em 2020 e 2021, tendo sucessivas ampliações de área para receber os novos membros. No último ano, a retomada foi acelerada com a abertura de mais duas unidades, totalizando 4 operações e os atuais 8 mil metros quadrados administrados.

Também durante a pandemia, a empresa fundou a FlowCapital Participações S.A. que hoje administra mais de 100 milhões de reais em ativos imobiliários, ultrapassando, em 2023, a marca de R$1.5 milhões de receita mensal recorrente.

A constante evolução fez com que o negócio atraísse grandes players do segmento imobiliário como a Goldzstein Patrimonial, Invescon e Laguna Propriedades, que já aportaram cerca de R$10 milhões em conjunto nas operações, o drive de crescimento são as sociedades com os proprietários de imóveis, que participam dos investimentos e do risco do negócio.

BTS, escritórios customizados para grandes clientes

Os projetos Built to Suit, totalmente customizados com as necessidades e identidade visual dos clientes passaram a ser o produto com maior retorno. Neste modelo o cliente escolhe a metragem, estrutura e número de posições de trabalho. A partir destas definições a Flowork executa a obra e entrega a sede pronta com toda gestão dos serviços, capex e manutenções.

O modelo de locação BTS, muito utilizado em outros países, permite que as empresas tenham um escritório novo, sem investimento inicial. Neste caso, a Flowork financia a obra para o cliente em contratos, de pelo menos, 36 meses, com multas mais flexíveis que o mercado tradicional.