Início » Idade é sinal de alerta para fratura vertebral, diz estudo
Notícias Corporativas

Idade é sinal de alerta para fratura vertebral, diz estudo

Estudo publicado pela Cochrane Library evidencia a idade avançada como um dos principais sinais de alerta de fratura vertebral na triagem de pacientes com queixas de dor lombar.

A idade avançada é um dos principais sinais de alerta de fratura vertebral que podem ser observados na triagem de pacientes com queixas de dor lombar, segundo estudo divulgado pela Cochrane Library. O levantamento analisou dados apresentados em 14 estudos diferentes sobre sintomas e condições relacionados aos problemas na coluna vertebral.

O relatório da pesquisa apontou que pessoas com mais de 70 anos com algum quadro de lombalgia são mais suscetíveis a apresentarem fratura vertebral não especificada. O uso de corticosteroides, trauma (causado por queda), contusão ou abrasão (cortes e arranhões) também aparecem como sinais de alerta para este tipo de fratura.

O Censo Demográfico 2022 apontou que o número de brasileiros com 65 anos ou mais aumentou. Em 2010, os idosos representavam 7,4% da população brasileira e o índice de envelhecimento no país era de 30,7 (ou seja, a cada 100 crianças de zero a 14 anos, havia 30,7 pessoas com 65 anos ou mais), ao passo que, em 2022, o número chegou a 10,9% e o índice de envelhecimento foi de 55,2.

Para o neurocirurgião especialista em doenças da coluna, Felipe Figueira, é preciso redobrar a atenção em casos de quedas ou impactos em idosos para se investigar uma possível fratura vertebral e identificar sinais que indiquem a necessidade de acompanhamento médico.

“Se a dor for intensa ao tocar na coluna ou se a pessoa notar uma mudança na postura, como inclinação para frente, principalmente se acompanhada de dor súbita ou persistente nas costas, é importante procurar avaliação médica”, explica o especialista.

Tratamento de fraturas vertebrais em idosos

Figueira aponta que existem diversas abordagens de tratamento de fratura vertebral em idosos e que inicialmente, o tratamento é conservador. “Na maioria dos casos, repouso e analgésicos podem ser recomendados para aliviar a dor. Nesses pacientes, o uso de coletes ou suportes para a coluna ajuda a limitar a movimentação indevida da coluna e auxilia na recuperação”.

Segundo o neurocirurgião, a fisioterapia é frequentemente empregada para fortalecer os músculos ao redor da coluna e melhorar a mobilidade. Além disso, caso haja dificuldade no controle da dor, o médico pode optar por realizar infiltrações com um conjunto de medicações para este fim.

O especialista ressalta que algumas medidas podem reduzir significativamente o risco de quedas e, consequentemente, de fraturas vertebrais em idosos. De acordo com dados do ELSI-Brasil (Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros), cerca de 40% da população com 80 anos ou mais no país sofrem quedas todos os anos. 

O uso de dispositivos auxiliares, como bengalas ou andadores, a atenção ao levantar-se da cama ou de uma cadeira e a prática regular de exercícios, conforme explica Figueira, são maneiras de prevenir acidentes, assim como o uso de calçados apropriados e garantir que os ambientes sejam bem iluminados e livres de obstáculos. 

“É importante avaliar efeitos de medicamentos, atualizar a prescrição de óculos e aparelhos auditivos e fazer revisões médicas regularmente com exames de visão, audição e equilíbrio para evitar quedas e fraturas na coluna vertebral”, aconselha o especialista.

Para saber mais, basta acessar: https://drfelipefigueira.com.br/