Presidente adverte que América do Sul não precisa de conflitos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressa sua esperança de que Venezuela e Guiana ajam com “bom senso” diante da disputa territorial em Essequibo, na Guiana. Em meio à visita ao Oriente Médio, Lula, antes de seguir para Berlim, destaca a importância de evitar conflitos na América do Sul.
Lula ressalta que a região não precisa de “confusão” e destaca a necessidade de focar no desenvolvimento e no bem-estar da população. Ele enfatiza que a humanidade deve temer a guerra, defendendo o diálogo como a melhor alternativa.
O referendo, conduzido pelo governo de Nicolás Maduro, conseguiu apoio popular para a anexação de Essequibo à Venezuela. Lula, ao comentar a consulta, observa que o resultado provavelmente vai refletir a visão de Maduro, mas ressalta o histórico da região e acordos anteriores.
Apesar da busca por uma solução diplomática, o Brasil acompanha com preocupação a tensão entre Venezuela e Guiana, ampliando a presença militar nas fronteiras. A Guiana, que controla a área desde 1905, enfrenta a reivindicação venezuelana baseada em discordâncias históricas.
A costa disputada, rica em petróleo, inclui o campo de Stabroek, explorado por empresas como ExxonMobil e CNOOC. O impasse, levado à Corte Internacional de Justiça desde 2018, reflete a complexidade da situação, com a Venezuela questionando a validade da fronteira estabelecida em 1899.
A despeito das controvérsias, os venezuelanos, através do referendo no último domingo (3), demonstraram apoio à anexação de Essequibo, mesmo enquanto a Guiana considera a decisão ilegal. O Brasil, atento aos desdobramentos, monitora a situação na região fronteiriça.
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