Início » Brasil reforça presença militar na fronteira de Roraima em meio à tensão entre Venezuela e Guiana
Brasil Destaque

Brasil reforça presença militar na fronteira de Roraima em meio à tensão entre Venezuela e Guiana

Divulgação

Envio de 60 Militares adicionais pelo Exército reforça segurança em Pacaraima, antes de referendo sobre anexação da Região de Essequibo à Venezuela, território pertencente à Guiana rico em petróleo

Em resposta ao aumento da tensão relacionada ao referendo marcado, para este domingo (03/12), na Venezuela sobre a anexação da região de Essequibo, território rico em petróleo, o Brasil enviou 60 militares adicionais do Exército para reforçar a segurança em Pacaraima, cidade de Roraima localizada próxima à tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Pacaraima, um ponto habitual de entrada de venezuelanos buscando oportunidades no Brasil, tem sido alvo de maior presença militar, conforme afirmado pelo Ministério da Defesa brasileiro, que está acompanhando de perto a situação na região.

Por conta deste impasse, a Guiana, cuja integridade territorial é ameaçada pelo referendo sobre a anexação da região de Essequibo, buscou auxílio internacional, considerado pela Venezuela como interferência em assuntos internos. Com as maiores reservas per capita de petróleo no mundo, a Guiana iniciou, em dezembro de 2022, a primeira rodada de licitações para explorar campos petrolíferos, enfrentando a rejeição de Caracas, que classificou as licitações como “ilegais” devido a questões de delimitação marítima.

A tensão cresceu com movimentações militares da Venezuela na fronteira, levando os Estados Unidos a ameaçar novas sanções a Nicolás Maduro. O Brasil, vizinho e parceiro, expressa grande preocupação com uma escalada no conflito. Na semana passada, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, viajou a Caracas para tratar do tema com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Embora não tenha solicitado o cancelamento do referendo, Amorim pediu a Maduro que busque o diálogo e reduza as ameaças de invasão territorial, argumentando que um conflito regional pode gerar instabilidade.