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Canadá e EUA têm vagas para profissionais especializados

Enquanto os EUA preveem a necessidade de mais de 1 milhão de trabalhadores qualificados, o Canadá pretende preencher mais de 1,4 milhão de vagas até 2025 com estrangeiros. Arquiteta brasileira que atua nos dois países comenta desafios para quem deseja imigrar

O Canadá busca preencher cerca de 1,4 milhão de vagas para profissionais qualificados até 2025. Isso se deve ao déficit de pessoal especializado em diversas áreas. A província de Quebec, inclusive, firmou parceria com o Ministério da Imigração brasileiro com o objetivo de recrutar interessados em atuar na província.

O país vizinho, Estados Unidos, também busca por profissionais estrangeiros qualificados, sendo as áreas de Saúde, Tecnologia e Engenharia os segmentos com maior demanda: estima-se que a necessidade de trabalhadores qualificados chegue a 1 milhão nos próximos anos. A sigla STEM (Science, Technology, Engineering e Mathematics), em português “Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em português” define o tipo de demanda.

O fato de profissionais qualificados migrarem a trabalho para outros países é comumente chamado de “fuga de cérebros”, fenômeno decorrente de melhores condições no país escolhido ou escassez de vagas e baixos salários no país de origem do trabalhador. De acordo com a consultoria Fragomen, especializada em imigração, em 2022 os brasileiros bateram recorde de pedidos de vistos de emprego ou residência em outros países.

Profissionais de arquitetura e design encontram desafios

A arquiteta Aline Melo, especialista em construção norte-americana, que atua na área de arquitetura e interiores residencial no Canadá e EUA há 12 anos, fala sobre os desafios encontrados por brasileiros que desejam exercer a prática de arquitetura e design nos países norte-americanos.

“O maior desafio é ingressar na área sem estar preparado. Nos Estados Unidos e no Canadá, usamos um sistema construtivo diferente, chamado ‘wood frame’. Brasileiros geralmente não têm conhecimento desse sistema e isso acaba afetando muito a inserção no mercado”, afirma.

Além disso, segundo a proprietária do escritório de arquitetura Sociis Design, “os brasileiros aplicam para vagas baseadas no processo de recrutamento brasileiro, que se diferencia muito do norte-americano”. Para ela, “é essencial ter atenção a esse ponto e à falta de conhecimento dos termos técnicos em inglês”, complementa. Além disso, Aline reforça que existem vagas de emprego na área cujo licenciamento não é obrigatório. 

Nos segmentos de arquitetura e design, segundo Aline Melo, nos EUA e no Canadá, os salários giram em torno de US$ 4 mil e US$ 6,5 mil variando, é claro, entre disponibilidade de vagas e especificações da vaga.

Ainda de acordo com dados da Fragomen, mais de 3 milhões de brasileiros vivem legalmente fora do país, a maioria empregada. Corroborando a afirmação da especialista sobre conhecimentos técnicos, a consultoria informa que a maior demanda por profissionais brasileiros está nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. 

Para mais informações, basta acessar: www.sociisdesign.com ou @aline.arquitetoan