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Cirurgia robótica cresce 200% nos últimos 4 anos

Especialista explica as principais diferenças entre cirurgia robótica convencional e o procedimento que utiliza braços robóticos

A cirurgia robótica tem se destacado como uma tecnologia em rápido crescimento em todo o mundo. De acordo com dados do Centro Americano de Acreditação em Cirurgia Bariátrica e Metabólica, esse campo registrou um aumento de 200% nos últimos quatro anos. As informações foram divulgadas durante o XXII Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, que foi realizado no ano passado em Salvador.

O estudo revelou que, no período compreendido entre 2015 e 2018, foram realizados um total de 760.076 procedimentos cirúrgicos bariátricos. Dentre essas intervenções, 53.200 delas foram conduzidas com o auxílio de sistemas robóticos, representando uma fatia de 7,4% do total. Os 90,4% restantes das cirurgias foram conduzidos por via laparoscópica.

O ortopedista, traumatologista e especialista em cirurgia do quadril e joelho, Dr. Marco Aurélio S. Neves, explica que os braços robóticos ortopédicos são uma ferramenta distinta em relação à cirurgia robótica convencional. 

““Na cirurgia robótica convencional, como na bariátrica, próstata ou ginecológica, o cirurgião opera remotamente num console, semelhante a um vídeo game na sala cirúrgica, enquanto os braços robóticos executam a ação no paciente”, disse. “Isso proporciona uma visão do campo cirúrgico melhor do que na cirurgia aberta, pois a imagem na tela é resultado de um conjunto de lentes ópticas de alta definição”, complementa.  No entanto, segundo o médico, na cirurgia ortopédica para colocação de próteses , o cirurgião realiza a cirurgia aberta e manipula diretamente o braço robótico durante o ato cirúrgico, sem o uso do módulo de vídeo. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, no primeiro semestre de 2023, o Brasil registrou um total de 31.642 cirurgias ortopédicas feitas, das quais 3.845 foram específicas para procedimentos no quadril. Além disso, no período de janeiro a maio deste ano, um total de 11.963 artroplastias de quadril foram realizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

De acordo com Neves, em relação à cirurgia assistida por robôs em geral, os braços robóticos ortopédicos pressupõem a atuação direta do cirurgião durante o procedimento. Já com o uso dos consoles, é possível que a inteligência artificial  possa reproduzir padrões de comportamento semelhantes aos dos cirurgiões por meio de dispositivos e programas computacionais. 

O especialista afirma que, atualmente, é uma realidade a realização de uma cirurgia ortopédica para colocação de uma prótese de quadril ou de joelho com o suporte de braços robóticos. “Mas no momento o cirurgião é totalmente indispensável, sendo a robótica uma ferramenta que agrega precisão”, disse o Dr. Marco Aurélio S. Neves,  ainda ressaltando que no futuro a cirurgia robótica ortopédica possa se desenvolver mais a exemplo do que já acontece em outras áreas, de forma a caminhar também para diminuir a atuação humana direta. 

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