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Atividade física reduz risco de dor lombar em até 16%

Tabagismo e a obesidade têm sido associados a um maior risco de desenvolver dores lombares

A prática de atividade física regular pode reduzir o risco de desenvolver dores crônicas na região da coluna lombar em até 16%, segundo pesquisa finlandesa que revisou mais de 36 grandes estudos da área. A dor lombar é um problema de saúde global que afeta entre 25% a 40% da população nos últimos 12 meses, com uma parcela significativa desenvolvendo quadros crônicos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai além e estima que 80% da população adulta terá pelo menos uma crise aguda de dor nas costas ao longo da vida.

Dentre os fatores de risco relacionados ao estilo de vida, o tabagismo e a obesidade têm sido associados a um maior risco de desenvolver dores lombares e até mesmo casos clinicamente diagnosticados de hérnia de disco e ciatalgia.

O Dr. Antônio Krieger, especialista em cirurgia da coluna, comenta que as atividades da vida moderna desempenham um papel crucial nesse cenário. “Hoje nós nos tornamos mais sedentários. Passamos muitas horas do dia sentados, seja estudando ou trabalhando, o que leva à sobrecarga da coluna lombar. Além disso, o uso excessivo de smartphones piora nossa postura cervical.” Ele ressalta que o maior vilão ainda é o sedentarismo. “O maior vilão ainda é o sedentarismo. Além disso, posturas viciosas e falta de ergonomia agravam problemas na coluna.”

Mas como perceber essas interferências e os sinais de que algo não vai bem? Segundo o especialista, a primeira manifestação é dor, seja no pescoço, costas ou lombar. Desvio postural, contraturas musculares e sensação de cansaço crônico também são sinais de que a coluna não está bem. 

Em relação às lesões que atividades frequentes e más posturas podem gerar, Krieger adverte que a falta de ergonomia e má postura podem sobrecarregar os discos (amortecedores) e as facetas (articulações) da coluna, levando a um desgaste precoce da coluna. 

“Criar uma cultura de exercícios físicos regulares desde a infância é um bom começo. Investir em mobiliário adequado e boa ergonomia também contribui para a prevenção de problemas na coluna”, explica o cirurgião.

Negligência aos sintomas leva à dor crônica

Segundo a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), em geral, a população brasileira que se queixa ou sofre de dor é de cerca de 30% e não existe uma política de saúde pública que leve em consideração a questão da dor crônica.

A dor crônica é definida como uma dor que dura mais de três meses, mesmo após o tratamento adequado da causa. Isso significa que há uma disfunção no sistema nervoso central que faz com que a dor continue mesmo após a lesão ter sido tratada.

O especialista ressalta que a dor crônica da coluna pode ter um impacto significativo na qualidade de vida do paciente e afetar as atividades diárias, como trabalhar, dormir e se exercitar. O problema também pode levar a distúrbios do sono, ansiedade, depressão e outras condições que podem agravar ainda mais o quadro de dor.

“Sentir dor não é normal. Nós somos ensinados e induzidos a suportar e conviver com a dor, mas essa não é a melhor recomendação. Quanto antes buscar o diagnóstico e o tratamento adequado do seu problema, as chances de cura serão maiores e o risco do desenvolvimento de uma dor crônica é menor”, explica o cirurgião.