O Vasco vai recorrer ao Superior Tribunal Justiça, em Brasília, pela liberação de torcida no estádio de São Januário
Levantamento divulgado pelo Observatório do Trabalho Carioca, na última quarta-feira (30), aponta que cerca de 18 mil pessoas serão afetadas após decisão da Justiça do Rio que decidiu fechar o Estádio de São Januário para o público. Além das pessoas afetadas direta ou indiretamente pela decisão, os estabelecimentos também terão queda de 60% na receita mensal.
Em redes sociais, um internauta identificado como @BrenoEmail, disse: “Sou flamenguista e acho absurda está interdição indefinida e sem fim. Que os juízes decidam as condições que o ESTADO tem que cumprir do lado de fora, o clube dentro e libera”.
Essa não é a primeira vez que trabalhadores são impedidos de atuar em São Januário, em julho deste ano, antes de uma partida entre Vasco e Grêmio, vendedores ambulantes foram impedidos de atuar no local pela Secretaria Municipal de Ordem Pública.
Já a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio, afirmou que a decisão vai além da questão desportiva e gera um impacto negativo em diversos setores econômicos.
“O futebol desempenha um papel fundamental na geração de empregos e renda na cidade do Rio de Janeiro, tendo um impacto significativo em diversos setores econômicos e sociais. A paixão pelo esporte, enraizada na cultura brasileira, transforma o futebol em muito mais do que apenas um jogo; ele se torna um motor econômico que impulsiona oportunidades de emprego e estimula a economia local“.
Entenda a decisão
O estádio de São Januário está interditado pela Justiça desde julho desde ano, em decisão de primeira instância, após a confusão que aconteceu dentro e no entorno do estádio, após a derrota do Vasco para o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 22 de junho. O pedido foi feito pelo Ministério Público.
Na última quarta-feira (30), por 2 votos a 1, foi dado parcial provimento ao recurso do Vasco da Gama para que o estádio realize as partidas com portões fechados. Para a relatora do processo, desembargadora Renata Cotta, a responsabilidade pela segurança do consumidor no ingresso e saída do evento é do clube mandante. “A segurança do evento e dos consumidores é um princípio fundamental do esporte”, destacou no seu voto.
A magistrada relembrou os atos de vandalismo e desordem ocorridos no dia 22 de junho, após jogo do Vasco da Gama contra o Goiás em São Januário. Ela afirmou ainda que os jogos sem a presença de público, realizados no estádio demonstraram que a medida foi efetiva, uma vez que não houve incidente nas partidas realizadas após a implementação da medida.
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