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Mais empresas passam a enxergar ESG como estratégia de negócios

Colaboradores, investidores, clientes e reguladores vêm exigindo que as empresas prestem contas de suas práticas.

Na pauta das empresas mundiais, as principais ações estão voltadas para as políticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance – Ambiente, Social e Governança Corporativa). De acordo com dados do 8º Estudo de Sustentabilidade da BDO Brasil, quinta maior empresa de auditoria e consultoria do mundo, 61% das empresas brasileiras enxergam a agenda ESG como uma estratégia de negócio. Entretanto, apenas 39% possuem um departamento de ESG e/ou Sustentabilidade.

O estudo foi produzido de modo a apurar como os 17 Objetivos para Desenvolvimento (ODS) incentivados pela Organização das Nações Unidas (ONU) têm sido contemplados pelas empresas brasileiras. Conforme as companhias respondentes, promover o ESG atende em 49% as necessidades das próprias partes interessadas e investidores, contudo várias são as lacunas na aderência e transparência do conceito de responsabilidade socioambiental identificadas no levantamento.

“As empresas que aplicam o ESG de verdade estão fazendo a diferença na vida das pessoas. No Brasil, observamos exemplos concretos de como essas práticas têm um impacto positivo na sociedade. Empresas comprometidas com o ESG investem em tecnologias limpas, reduzindo a emissão de poluentes e contribuindo para a melhoria da qualidade do ar que todos respiramos”, enfatiza Vininha F. Carvalho, economista, administradora de empresas e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

O ISAE Escola de Negócios implementou a primeira turma do Programa ESG+Coop, uma iniciativa realizada em parceria com o Sistema Ocepar e que integra o Plano Paraná Cooperativo 200 (PRC200), planejamento estratégico de desenvolvimento do cooperativismo paranaense. As atividades contam, inicialmente, com participantes da Cooperativa Nova Produtiva, de Astorga (PR).

O coordenador do ESG+Coop no ISAE, Gustavo Loiola, destaca que a expectativa é que, ao final do programa, os alunos saiam capacitados e com uma visão diferenciada sobre a temática. “O objetivo é que eles sejam capazes de trazer esse tema para a realidade da cooperativa, criar as conexões necessárias e, também, que sejam agentes de transformação em relação ao tema, olhando para as dimensões ambientais, sociais e de governança”.f

A valorização das práticas de ESG é uma realidade. Mas, muitos gestores encontram desafios antes, durante e após a implantação de critérios ESG nas empresas. O mercado financeiro pressiona as empresas quanto aos indicadores ESG. São questões que saem do patamar normativo e assumem natureza regulatória e coercitiva. Cada vez mais, as empresas são requisitadas a prestar contas não financeiras, mas também sociais, ambientais e de governança.

“O ESG representa uma mudança de paradigma nas atividades das empresas que visam a sustentabilidade. Ao considerar os aspectos ambientais, sociais e de governança de suas operações, as empresas podem gerar impacto positivo na sociedade e sobressair no mundo corporativo”, finaliza Vininha F. Carvalho.