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Setor de máquinas e equipamentos têm queda acumulada de 7,3%

De janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período de 2022, houve queda de 8,5% nas receitas líquidas de máquinas e equipamentos

Relatório da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou em julho deste ano, dados referentes ao desempenho do setor da indústria brasileira de máquinas e equipamentos no mês de maio. De acordo com o levantamento realizado, o setor experimenta queda nos resultados de 7,3% no acumulado dos últimos doze meses. Ainda sobre o estudo, a receita líquida do setor de máquinas e equipamentos registrou um crescimento de 10,5% em relação a abril, totalizando R$ 21,91 bilhões. No entanto, em maio de 2023, ocorreu uma nova queda de 5,6% em comparação com o mesmo mês de 2022.

Ainda de acordo com o documento divulgado pela Abimaq, no mês de maio de 2023, o setor da produção de máquinas e equipamentos exportou um total de US$ 1,3 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 35,7% em relação a abril, que, por sua vez, tinha registrado queda de 21,2% em comparação com março de 2023.

Sobre a produção industrial somando todos os setores, de acordo com informações liberadas em junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma diminuição de 0,6% na produção, após um aumento de 1,0% em março. Comparado a abril de 2022, houve uma queda de 2,7%. O dado superou as expectativas dos analistas, de acordo com o consenso da Refinitiv, que previam uma redução de 0,2% na comparação mensal e de 1,1% em termos anuais. No acumulado do ano, a queda totaliza 1,0% e, ao longo de 12 meses, a variação negativa é de 0,2%. Com esses resultados, a indústria ainda se encontra 2,0% abaixo dos níveis pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% aquém do ponto mais alto registrado na série histórica, que ocorreu em maio de 2011.

José Antônio Valente, diretor da empresa de locação de equipamentos Trans Obra afirma que a queda nos resultados de 7,3% no acumulado dos últimos doze meses pode ter o impacto reduzido no setor desde que as empresas verifiquem seus processos de produção com o objetivo de melhorar a qualidade de toda cadeia produtiva até a entrega de determinado produto e também no atendimento no setor de locação e serviços, como acontece no aluguel de escadas, compressores de ar, cortadores de concreto e outros equipamentos de menor porte. “Um detalhe importante é olhar o mercado de exportação com atenção para que as empresas possam considerar esse modelo de atuação, que nos mostra ótimos resultados, para reduzir diferenças no resultado dos doze meses acumulados”.

 

Em relação aos resultados do setor da indústria de máquinas e equipamentos, o 17º Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção identificou aspectos positivos nas projeções de vendas dentro da indústria de máquinas e equipamentos. De acordo com este relatório, as estimativas apontam para um possível aumento de aproximadamente 4% nas vendas e receitas ao longo de 2023, tanto no ramo de máquinas de linha amarela quanto em todo o segmento de equipamentos voltados para o setor da construção.

 

Ainda que o resultado da receita para 2023 apresente um valor inferior em relação ao ano anterior, no contexto da construção civil, intimamente associada ao campo de máquinas e equipamentos, as perspectivas para este ano foram positivas. Conforme informado no conteúdo apresentado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a projeção para o segmento da construção industrial foi de 2,5% ao longo de 2023. Essa projeção se fundamenta no contínuo desenvolvimento do mercado nos últimos dois anos, assim como na análise das fases operacionais do mercado imobiliário em curso, as quais, de acordo com o comunicado, indicam uma demanda residencial substancial.