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Dino anuncia aumento das forças de segurança na Amazônia

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante cerimônia em homenagem aos profissionais envolvidos na operação de garantia da democracia e preservação do estado de direito no país

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou na última sexta-feira (4) que o governo federal tomará medidas para fortalecer a presença das forças de segurança nos estados da Amazônia Legal. Durante sua participação na 1ª Cúpula Judicial Ambiental em Belém, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro destacou a atuação de facções criminosas na região, que se envolvem em atividades ilícitas como garimpo, extração de madeira, tráfico de armas e de drogas.

Para intensificar o combate a esses crimes, o governo tem planos de criar um centro integrado de forças de segurança dos governos federal e estadual em Manaus ainda neste ano. Além disso, há previsão de estabelecer um centro internacional de cooperação liderado pela Polícia Federal.

Flávio Dino ressaltou a importância de aumentar a presença das forças de segurança na Amazônia Legal e informou que estão sendo mobilizados recursos da ordem de R$ 2 bilhões para apoiar a implementação de novas estruturas de segurança e controle na região. O centro do comando da força nacional será instalado em Manaus, com abrangência nos nove estados que compõem a Amazônia Legal, onde também serão criadas unidades com as estruturas necessárias.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou do evento e apresentou um balanço do trabalho realizado durante os primeiros meses de governo. Ela comparou com o primeiro governo de Lula, em 2003, quando exerceu o mesmo cargo, e destacou que, agora, em apenas seis meses, já foi alcançada uma redução de 42% no desmatamento, graças a medidas de comando e controle implementadas.

Além das ações de combate aos crimes ambientais, a ministra informou que está sendo elaborado, em parceria com o ministério da Fazenda, um plano de transição ecológica para incentivar o desenvolvimento sustentável na região. Marina enfatizou que é importante não apenas indicar o que não é permitido, mas também apontar as atividades viáveis na Amazônia, como o agronegócio de base sustentável, turismo sustentável, extrativismo e bioindústria.

A primeira Cúpula Judicial Ambiental da Amazônia, promovida pelo CNJ, tem como objetivo debater a atuação do Judiciário em questões relacionadas ao meio ambiente e mudança do clima.