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Confiança da indústria volta a subir após três meses de queda

ICEI avançou 1,2 ponto e cruzou a linha divisória que separa a falta de confiança de confiança entre os empresários industriais. Os indicadores industriais desempenham um papel crucial no monitoramento e melhoria do desempenho das empresas.

Dados da publicação Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Em julho de 2023, o ICEI avançou 0,7 ponto, de 50,4 pontos para 51,1 pontos. O resultado ocorreu principalmente em função de uma avaliação menos negativa das condições atuais da economia brasileira e das empresas. É o segundo mês consecutivo em que a indústria demonstra confiança. O índice avalia a confiança dos empresários com o  futuro da indústria diante das mudanças nos indicadores industriais, tanto econômicos quanto tecnológicos, levando em considerações a influência da oferta de postos de trabalhos para as chamadas profissões do futuro , a redução dos custos operacionais e o desenvolvimento de iniciativas de empreendedorismo.

Após um período de três meses de falta de confiança na indústria, de março a maio de 2023, o ICEI registrou uma mudança positiva em julho. Desde o início do ano, o índice tem oscilado próximo à linha divisória dos 50 pontos, alternando entre confiança e falta de confiança.

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, destaca que, “apesar das condições atuais da economia brasileira ainda serem negativas, as expectativas têm apresentado melhorias ao longo do ano”. Ele menciona que os juros altos têm prejudicado a atividade industrial, mas há outros fatores, como a inadimplência e o endividamento das famílias, que também afetam a confiança dos empresários.

O cenário de otimismo se estende para os próximos seis meses, conforme mostrado pela pesquisa da CNI. Os componentes do ICEI tiveram avanços significativos de maio para julho de 2023. O Índice de Condições Atuais alcançou 44,2 pontos após um aumento de 1,1 ponto. Embora ainda abaixo da linha divisória dos 50 pontos, esse resultado indica que os empresários veem uma piora nas condições atuais de negócios em relação aos últimos seis meses. No entanto, a percepção de piora é menos intensa e disseminada do que em maio.

O Índice de Expectativas subiu 1,3 ponto, chegando a 53,5 pontos. Por estar acima dos 50 pontos, esse número reflete o otimismo da indústria para o segundo semestre do ano. Vale ressaltar que esse otimismo é restrito à empresa, uma vez que o índice de expectativa da economia brasileira  ficou em 47 pontos, ainda abaixo da linha divisória.